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03/07/2002 - 02h04

Chegada da seleção leva 25% da população do DF às ruas

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da Sucursal da Folha em Brasília

Brasília praticamente parou ontem para ver a seleção passar. Cerca de 500 mil pessoas, segundo a Polícia Militar, foram às ruas acompanhar a passagem dos atletas no trio elétrico com Ivete Sangalo. Isso equivale a quase 25% da população do Distrito Federal.

Os atletas voltaram a sofrer com a desorganização fora gramados. Houve atraso de cerca de quatro horas na programação. A estimativa inicial era que os jogadores chegariam às 9h20 no aeroporto e às 12h30 no Palácio do Planalto.

Com o atraso, a seleção deixou a Praça dos Três Poderes com destino ao Rio somente às 15h45. A equipe ainda iria a São Paulo.

A Aeronáutica, responsável pelo desembarque dos atletas na Base Aérea de Brasília, não sabia o que fazer com cerca de 2.000 fãs que se espremiam na entrada lateral para ver os ídolos. A solução foi utilizar a saída principal, onde não havia sido montado nem sequer um cordão de isolamento.

A confusão causou prejuízo no estômago dos jogadores. Mal saíram do avião, tiveram de entrar em um ônibus, sem aproveitar o coquetel preparado a chegada. Também era previsto que Cafu colaria a quinta estrela na fuselagem do avião, o que aconteceu apenas na partida de Brasília.

Cafu e Felipão na janela
O avião chegou às 9h55, com Cafu e Luiz Felipe Scolari nas janelas da cabine do piloto balançando bandeiras do Brasil. Foi necessária uma hora e 20 minutos até que o grupo subisse no trio elétrico na entrada da base aérea. O percurso durou cerca de cinco horas, com um público atingindo um máximo de 300 mil pessoas na Esplanada dos Ministérios.

Foi o segundo maior evento da cidade. Para se ter uma idéia, na volta da Copa de 1994, cerca de 150 mil torcedores receberam a seleção - cerca de 50 mil na Praça dos Três Poderes. O papa João Paulo 2º reuniu, em 1980, cerca de 600 mil pessoas segundo a PM.

A população se emocionou com a passagem dos jogadores. Crianças choraram, famílias aplaudiam e motociclistas acompanhavam os carros da comitiva. Muitos torcedores levaram faixas e cartazes.

Os funcionários do Banco Central fizeram uma chuva de papel picado e, do topo da sede da Caixa Econômica Federal, balões foram soltos. A esquadrilha da fumaça, da FAB, escreveu a frase "É Penta!", desenhou corações e fez acrobacias durante o desfile.

Na Esplanada, dois guindastes seguravam uma bandeira do Brasil. Os dois prédios mais altos do Congresso foram decorados com uma faixa amarela e outra verde com cinco estrelas.

Atraso
A maior parte dos torcedores que foi à praça dos Três Poderes esperou cerca de seis horas para ver a seleção. Às 9h, a praça já estava cheia, principalmente próximo ao Palácio do Planalto, onde os jogadores foram recebidos pelo presidente apenas às 15h.

Um princípio de tumulto, que aconteceu por volta das 10h, fez a PM colocar um cordão com cerca de 60 policiais para evitar a aglomeração próxima ao alambrado que cercava a praça.

Com o atraso na cerimônia, muita gente desistiu de esperar. Francisco de Almeida, 55, foi embora com a família às 13h20, depois de mais de três horas. "Achava que seria mais rápido. Faltou organização, água e banheiro".

O posto médico montado pelo Corpo de Bombeiros atendeu 80 pessoas até as 14h, quando deixou de contar os atendimentos. A maioria dos casos era de desidratação, insolação e hipoglicemia. Não houve nenhum caso grave.

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