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03/07/2002 - 02h07

FHC encontra Teixeira e destaca humildade

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da Sucursal da Folha em Brasília

O presidente Fernando Henrique Cardoso admitiu ontem, implicitamente, que o pentacampeonato brasileiro poderá favorecer o candidato do governo à Presidência, José Serra (PSDB).

FHC respondeu a duas perguntas sobre Copa do Mundo e eleição. Na primeira, mais contido, falou genericamente em "vitória do Brasil". Na segunda, deu um sorriso malicioso. "Presidente, o penta vai favorecer o Serra?", questiounou-lhe a Folha. "Vai favorecer o Brasil", respondeu, para em seguida deixar a conclusão para o interlocutor: "Logo..."

Enquanto esperava a chegada da seleção, FHC conversou por cinco minutos a sós com o presidente da CBF, Ricardo Teixeira. Entre risos e muitos gestos, o presidente até se virou para saudar os torcedores que estavam dentro do Palácio do Planalto.

Apesar das vaias aos políticos, que disputavam espaço até com crianças, FHC foi aplaudido quando desceu a rampa interna de seu gabinete ao salão, acompanhado por sua mulher, Ruth, e uma pequena comitiva particular formada por ministros, assessores e familiares.

Descontraído, o presidente chegou até a experimentar o chimarrão do técnico Luiz Felipe Scolari, que é gaúcho. Antes da Copa, FHC criou constrangimentos ao sugerir a convocação de Romário.

Ontem, o clima era de festa, e FHC disse que ficou emocionado quando a seleção se aproximava no carro de som: "A emoção é grande de ver chegar os jogadores. É muita alegria porque o povo está feliz e os jogadores também."

Depois da cerimônia externa, o presidente foi obrigado a circular pelo salão central, cercado por seguranças de braços dados, porque os cordões de segurança foram derrubados pelo público.

O tumulto foi tão grande que o presidente não conseguiu chegar ao parlatório -balcão externo- e perambulou pelo salão central do segundo andar, distribuindo autógrafos, posando para fotos e beijando crianças.

FHC assistiu à festa dos jogadores no parlatório pelo vidro e desistiu de ir até lá: "Está uma confusão aqui", resumiu, confirmando a expectativa da segurança, que desde a véspera alertara que a invasão seria inevitável. A decisão de liberar foi do presidente.

Só a partir das 11h o general Alberto Cardoso, da Secretaria de Segurança Institucional da Presidência, mandou proibir novas entradas. Estava preocupado com o excesso de pessoas no palácio.

Em seu programa semanal de rádio, o presidente destacou a "humildade" que os jogadores demonstraram durante a Copa.

"Após vencerem a poderosa Alemanha, tiveram a grandeza de se ajoelhar no meio do estádio de Yokohama para agradecer a Deus pela vitória, que foi histórica."

FHC também disse no rádio que se surpreendeu com o fato de ter visto até ingleses cantando o hino nacional brasileiro. "É um hino animado, alegre, um hino que é até dançante, como o nosso povo gosta. O nosso povo gosta de competição, não de guerra."

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