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03/07/2002
-
02h08
da sucursal da Folha em Brasília
Políticos que compareceram ao Palácio do Planalto para receber a seleção brasileira, ontem, em Brasília, tentaram tirar proveito da boa fase do time para se promover. Tudo o que conseguiram foi passar pelo constrangimento de serem vaiados por funcionários da Presidência e por seus familiares, que ficaram irritados com o fato de as autoridades impedirem que eles vissem a seleção.
Os que tentaram aparecer em fotos com os jogadores e conseguir autógrafos foram frustrados pelo tumulto na cerimônia e pela invasão da área reservada por torcedores. Por quatro vezes, o público gritou: "Sai da frente". Algumas bolinhas de papel foram atiradas na direção dos políticos, que ignoraram as vaias.
Já na chegada da seleção, na Base Aérea de Brasília, começou o assédio político, com o ministro Paulo Renato Souza (Educação) recepcionando o time. Coube a ele fazer a ligação futebol-política-economia. "Todo feito positivo tem efeito dinamizador na economia. Além desse efeito, cria-se um clima positivo", disse.
Na cerimônia, políticos de Brasília aproveitaram para iniciar a campanha, tirando fotos e cumprimentando os presentes. Na parte de fora, um boneco gigante com a figura de um candidato disputava espaço com os torcedores.
Na tentativa de pegar carona na popularidade da seleção, o governador do Distrito Federal, Joaquim Roriz (PMDB), colocou faixas com a frase: "Brasília tem cinco Rs: Ronaldinho Gaúcho, Ronaldo, Rivaldo, Roberto Carlos e Roriz". O governador é candidato à reeleição.
Um trio elétrico estampava a frase: "Agora só falta uma estrela. Lula lá no Planalto".
Antes da cerimônia, um grupo de deputados, liderados por Darcísio Perondi (PMDB-RS), foi barrado pela segurança ao tentar entrar na área destinada às autoridades, já lotada. O deputado disse ao segurança que o grupo não poderia ficar na área comum pois "tinha muita gente" e eles "eram parlamentares".
Depois de ameaçar a segurança dizendo que era do grupo do senador Jorge Bornhausen (PFL-SC) e que a situação causaria problemas, os deputados conseguiram entrar no palácio.
Muitos políticos levaram os filhos e os netos para verem a seleção, entre eles, os ministros Pedro Parente (Casa Civil), Guilherme Dias (Planejamento), Sérgio Amaral (Desenvolvimento), Geraldo Quintão (Defesa) e o vice-líder do governo no Senado, Romero Jucá (PSDB-RR).
As autoridades não conseguiram se conter e se comportaram como torcedores. O novo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, e o ministro Celso Lafer (Relações Exteriores), por exemplo, levaram camisas da seleção para serem autografadas pelos jogadores, mas não conseguiram.
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Políticos tentam se promover e são vaiados
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Políticos que compareceram ao Palácio do Planalto para receber a seleção brasileira, ontem, em Brasília, tentaram tirar proveito da boa fase do time para se promover. Tudo o que conseguiram foi passar pelo constrangimento de serem vaiados por funcionários da Presidência e por seus familiares, que ficaram irritados com o fato de as autoridades impedirem que eles vissem a seleção.
Os que tentaram aparecer em fotos com os jogadores e conseguir autógrafos foram frustrados pelo tumulto na cerimônia e pela invasão da área reservada por torcedores. Por quatro vezes, o público gritou: "Sai da frente". Algumas bolinhas de papel foram atiradas na direção dos políticos, que ignoraram as vaias.
Já na chegada da seleção, na Base Aérea de Brasília, começou o assédio político, com o ministro Paulo Renato Souza (Educação) recepcionando o time. Coube a ele fazer a ligação futebol-política-economia. "Todo feito positivo tem efeito dinamizador na economia. Além desse efeito, cria-se um clima positivo", disse.
Na cerimônia, políticos de Brasília aproveitaram para iniciar a campanha, tirando fotos e cumprimentando os presentes. Na parte de fora, um boneco gigante com a figura de um candidato disputava espaço com os torcedores.
Na tentativa de pegar carona na popularidade da seleção, o governador do Distrito Federal, Joaquim Roriz (PMDB), colocou faixas com a frase: "Brasília tem cinco Rs: Ronaldinho Gaúcho, Ronaldo, Rivaldo, Roberto Carlos e Roriz". O governador é candidato à reeleição.
Um trio elétrico estampava a frase: "Agora só falta uma estrela. Lula lá no Planalto".
Antes da cerimônia, um grupo de deputados, liderados por Darcísio Perondi (PMDB-RS), foi barrado pela segurança ao tentar entrar na área destinada às autoridades, já lotada. O deputado disse ao segurança que o grupo não poderia ficar na área comum pois "tinha muita gente" e eles "eram parlamentares".
Depois de ameaçar a segurança dizendo que era do grupo do senador Jorge Bornhausen (PFL-SC) e que a situação causaria problemas, os deputados conseguiram entrar no palácio.
Muitos políticos levaram os filhos e os netos para verem a seleção, entre eles, os ministros Pedro Parente (Casa Civil), Guilherme Dias (Planejamento), Sérgio Amaral (Desenvolvimento), Geraldo Quintão (Defesa) e o vice-líder do governo no Senado, Romero Jucá (PSDB-RR).
As autoridades não conseguiram se conter e se comportaram como torcedores. O novo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, e o ministro Celso Lafer (Relações Exteriores), por exemplo, levaram camisas da seleção para serem autografadas pelos jogadores, mas não conseguiram.
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