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03/07/2002 - 20h22

Scolari deixa em aberto a possibilidade de seguir na seleção

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da Agência Folha, em Porto Alegre

O discurso do técnico Luiz Felipe Scolari, ao chegar a Porto Alegre hoje, deixou em aberto a opção de continuar na seleção brasileira.

De um lado, a resposta oficial, afirmando que não tem convite para permanecer. De outro, insinuou que pode estar no próximo Mundial.

"Nós combinamos 20 dias de férias, e ninguém fala disso antes", respondeu aos gritos de 'fica, fica' dos torcedores que acompanharam a coletiva. ´Hoje não sou o técnico da seleção."

Apesar das afirmações, Scolari remetia seu discurso à próxima Copa. "Colocamos em ação nossa perseverança, disciplina e boa vontade. Devemos ser hexa em 2006", disse, iniciando seu discurso em Canoas (região metropolitana de Porto Alegre). "A gente se vê em 2006", finalizou, despedindo-se.

Ainda em Porto Alegre, Scolari disse que o livro que vai escrever não será sobre bastidores. "Será sobre a maneira como trabalhamos, as dificuldades com os atletas, mas dentro da ética que temos com os atletas."

Scolari foi recebido com muita festa pelos torcedores gaúchos. Faixas como "Felipão não é otário, trouxe o penta sem Romário" deram o tom à recepção.

A ausência de Ronaldinho Gaúcho foi justificada pelo técnico, que disse que o jogador estava poupando a família, pois muita gente o esperava em frente a sua casa.

Acompanhando Scolari, apenas um jogador, Anderson Polga, o preparador físico Paulo Paixão, o auxiliar técnico Flávio Murtosa e o auxiliar Darlan Schneider.

Por uma hora, durante o trajeto de cerca de 14 km até o Largo do Epatur, onde um palanque estava montado para recebê-los, a equipe foi saudada pela população.

No palanque, Scolari, de camisa azul, terno e gravata, tomou chimarrão, recebeu a chave da cidade do prefeito João Verle, abraçou o juiz Carlos Simon e tirou fotografias com a Escola de Samba Estado Maior da Restinga.

"O Brasil não vai esquecer que o começo da campanha pelo mundial foi em Porto Alegre." O técnico disse que deve ir a Gramado descansar, onde tem um imóvel. "Vou comer muita polenta, churrasco e carreteiro, tudo que não tem por lá (na Ásia)."

Na entrada em Canoas foi aplaudido pelos torcedores durante todo o trajeto em carro aberto, na região central da cidade. O percurso durou uma hora e vinte minutos, e Scolari estava acompanhado do prefeito, Marcos Ronchetti, do secretário de governo, Francisco Fraga, e de seu amigo Ben Hur Marchiori.

Todas as passarelas que ligam a cidade tinham faixas saudando o técnico, que respondeu num rápido discursos aos moradores, agradecendo o carinho recebido.

"Eu espero encontrar vocês nas minhas caminhadas, fico muito orgulhoso de contar com a amizade de vocês."

Em seguida, o técnico pediu licença para descansar. "Preciso dormir um pouquinho", finalizou. Escoltado, entrou no prédio onde mora, e acenou da janela do 5º andar, onde a mulher, Olga Scolari, e alguns amigos o aguardavam.

Leia mais: Copa do Mundo-2002
 

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