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04/07/2002
-
10h39
da Folha Online
Apesar de ter feito uma partida sensacional, disputando ponto a ponto todos os games do jogo, André Sá não resistiu à força de Tim Henman na grama e à pressão da torcida inglesa na quadra central do All England Club e foi eliminado de Wimbledon.
Sá perdeu o jogo, iniciado ontem, interrompido por causa da chuva e retomado nesta manhã, por 3 sets a 1, com parciais de 6/3, 5/7, 6/4 e 6/3, em mais de três horas de bola corrida.
Com isso, perdeu a chance de se tornar o primeiro tenista brasileiro a disputar uma semifinal no Grand Slam britânico _Guga, em 1999, Thomas Koch, em 1967, e Armando Vieira, em 1951, também chegaram às quartas-de-final, mas falharam em se classificar entre os quatro melhores.
No feminino, o Brasil já foi além das quartas-de-final e até conquistou títulos, com a paulistana Maria Esther Bueno, tricampeã de simples (1959, 60 e 64) e pentacampeã de duplas (1958, 60, 63, 65 e 66).
Apesar dos insucessos de seus principais tenistas, o país pode até considerar que já teve um campeão no mais tradicional torneio de tênis do mundo. Em 1948, o norte-americano Robert Falkenburg, que depois se naturalizaria brasileiro e até disputaria a Copa Davis pelo país, foi campeão de simples. Leia mais.
A vitória de Sá também seria a melhor colocação de um sul-americano em Wimbledon na era aberta do tênis, após a criação da ATP, em 1968. Em 1959, o peruano Alex Olmedo conquistou o título da competição, mas competiu com a nacionalidade dos EUA.
Apenas um latino-americano foi às semifinais da competição depois de 68, o mexicano Raúl Ramírez, em 1976 e 78, e só outros três sul-americanos tinham chegado às quartas-de-final, além dos brasileiros _o argentino Guillermo Vilas em 1976, o equatoriano Andrés Gómez em 1984 e o chileno Ricardo Acuña em 1985.
Mesmo assim, Sá, que entrou no torneio como 90º do ranking, fez uma campanha histórica no All England Club. Sem nunca ter ido além da segunda rodada em um Grand Slam, ele venceu o francês Anthony Dupuis, o austríaco Stefan Koubek (31º cabeça-de-chave), o compatriota Flávio Saretta (no primeiro duelo brasileiro de Wimbledon) e o espanhol Feliciano López.
Como prêmio de consolação, o mineiro de 25 anos passará na próxima segunda-feira a ser o primeiro brasileiro no ranking da Corrida dos Campeões. Leia mais.
Quarto cabeça-de-chave do torneio, Henman, que tem um dos melhores aproveitamentos de Wimbledon nos últimos anos e foi praticamente criado em uma quadra de grama, chega a sua quarta semifinal nas cinco últimas edições do Grand Slam de seu país.
Ele aguarda a definição do jogo entre o australiano Lleyton Hewitt e o holandês Sjeng Schalken para conhecer seu rival na decisão da vaga na final.
Leia mais sobre tênis:
Wimbledon
Chave feminina
Chave masculina
Cabeças-de-chave
Campeões de simples
Campeões de duplas
André Sá perde chance de quebrar recorde brasileiro em Wimbledon
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Apesar de ter feito uma partida sensacional, disputando ponto a ponto todos os games do jogo, André Sá não resistiu à força de Tim Henman na grama e à pressão da torcida inglesa na quadra central do All England Club e foi eliminado de Wimbledon.
Sá perdeu o jogo, iniciado ontem, interrompido por causa da chuva e retomado nesta manhã, por 3 sets a 1, com parciais de 6/3, 5/7, 6/4 e 6/3, em mais de três horas de bola corrida.
Com isso, perdeu a chance de se tornar o primeiro tenista brasileiro a disputar uma semifinal no Grand Slam britânico _Guga, em 1999, Thomas Koch, em 1967, e Armando Vieira, em 1951, também chegaram às quartas-de-final, mas falharam em se classificar entre os quatro melhores.
No feminino, o Brasil já foi além das quartas-de-final e até conquistou títulos, com a paulistana Maria Esther Bueno, tricampeã de simples (1959, 60 e 64) e pentacampeã de duplas (1958, 60, 63, 65 e 66).
Apesar dos insucessos de seus principais tenistas, o país pode até considerar que já teve um campeão no mais tradicional torneio de tênis do mundo. Em 1948, o norte-americano Robert Falkenburg, que depois se naturalizaria brasileiro e até disputaria a Copa Davis pelo país, foi campeão de simples. Leia mais.
A vitória de Sá também seria a melhor colocação de um sul-americano em Wimbledon na era aberta do tênis, após a criação da ATP, em 1968. Em 1959, o peruano Alex Olmedo conquistou o título da competição, mas competiu com a nacionalidade dos EUA.
Apenas um latino-americano foi às semifinais da competição depois de 68, o mexicano Raúl Ramírez, em 1976 e 78, e só outros três sul-americanos tinham chegado às quartas-de-final, além dos brasileiros _o argentino Guillermo Vilas em 1976, o equatoriano Andrés Gómez em 1984 e o chileno Ricardo Acuña em 1985.
Mesmo assim, Sá, que entrou no torneio como 90º do ranking, fez uma campanha histórica no All England Club. Sem nunca ter ido além da segunda rodada em um Grand Slam, ele venceu o francês Anthony Dupuis, o austríaco Stefan Koubek (31º cabeça-de-chave), o compatriota Flávio Saretta (no primeiro duelo brasileiro de Wimbledon) e o espanhol Feliciano López.
Como prêmio de consolação, o mineiro de 25 anos passará na próxima segunda-feira a ser o primeiro brasileiro no ranking da Corrida dos Campeões. Leia mais.
Quarto cabeça-de-chave do torneio, Henman, que tem um dos melhores aproveitamentos de Wimbledon nos últimos anos e foi praticamente criado em uma quadra de grama, chega a sua quarta semifinal nas cinco últimas edições do Grand Slam de seu país.
Ele aguarda a definição do jogo entre o australiano Lleyton Hewitt e o holandês Sjeng Schalken para conhecer seu rival na decisão da vaga na final.
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