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21/07/2002
-
19h32
do enviado da Folha a Magny-Cours
Uma poça de óleo e uma boa dose de sorte, como ele mesmo admitiu, foram fundamentais para que Michael Schumacher conquistasse o pentacampeonato mundial em Magny-Cours.
Até a 68ª das 72 voltas da corrida, o alemão não havia tido nenhuma chance real de vitória. A oportunidade só veio quando Kimi Raikkonen, então líder da corrida, encontrou óleo no asfalto.
Seu McLaren escorregou e saiu da pista. Schumacher, que já estava conformado com o segundo lugar, acelerou, assumiu a liderança e seguiu tranquilo para a 61ª vitória de sua carreira, a oitava em 11 corridas disputadas no ano.
"Sinceramente, não conseguiria passar o Kimi, que fez uma corrida fantástica. Foi apenas sorte. Não esperava nada como aquilo, mas é assim que funciona o esporte. Se você tentar até o final, às vezes pode ganhar uma chance como essa", disse o alemão, emocionado, na entrevista da FIA.
Foi a sexta vitória do piloto em Magny-Cours. Ele já havia sido o primeiro em 1994, 1995 (ambas pela Benetton), 1997, 1998 e 2001 (pela Ferrari). Assim, Schumacher igualou Alain Prost (Brasil e França) e Ayrton Senna (Mônaco), até hoje os únicos homens que haviam conseguido seis vitórias em uma mesma corrida.
Saindo em segundo no grid, o alemão precisava vencer o GP de ontem para garantir o título. Além disso, dependia que Rubens Barrichello ou Juan Pablo Montoya não acabassem em segundo.
O primeiro sucumbiu antes mesmo da largada, quando os mecânicos esqueceram um macaco sob seu carro. Levado para largar dos boxes, Barrichello enfrentou então uma pane eletrônica na Ferrari e abandonou a disputa. Irritado, deu uma "banana" para os mecânicos de sua escuderia e foi embora do autódromo.
Montoya teve um início promissor. Segurou Schumacher até a primeira rodada de pits, quando começaram seus problemas.
Enquanto o colombiano estava parado nos boxes, no 24º giro, o alemão aproveitou para dar uma volta voadora, a mais rápida da corrida àquela altura. Assim, após fazer seu pit stop, duas voltas depois, Schumacher retornou à pista na frente do adversário.
Montoya, porém, ganhou um "presente" na 35ª volta: punido por ter cruzado uma linha na saída dos boxes, Schumacher teve que cumprir um drive-through -a linha existe justamente para evitar que carros lentos, saindo dos pits, voltem à pista na frente de pilotos em ritmo de corrida.
O piloto da Williams reassumiu a liderança, seguido por Raikkonen. Mas foi por pouco tempo.
Na 43ª volta, após fazer o último pit, seu motor engasgou na saída dos boxes. Montoya perdeu quatro segundos, o suficiente para despencar para o quarto lugar.
Raikkonen assumiu a ponta e resistiu bem à pressão de Schumacher. Até encontrar o óleo na pista. "É difícil explicar. Posso dizer que foi o melhor e o pior GP da minha vida", disse o finlandês. Ao seu lado, Schumacher abriu um sorriso maroto.
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Uma poça de óleo e uma boa dose de sorte, como ele mesmo admitiu, foram fundamentais para que Michael Schumacher conquistasse o pentacampeonato mundial em Magny-Cours.
Até a 68ª das 72 voltas da corrida, o alemão não havia tido nenhuma chance real de vitória. A oportunidade só veio quando Kimi Raikkonen, então líder da corrida, encontrou óleo no asfalto.
Seu McLaren escorregou e saiu da pista. Schumacher, que já estava conformado com o segundo lugar, acelerou, assumiu a liderança e seguiu tranquilo para a 61ª vitória de sua carreira, a oitava em 11 corridas disputadas no ano.
"Sinceramente, não conseguiria passar o Kimi, que fez uma corrida fantástica. Foi apenas sorte. Não esperava nada como aquilo, mas é assim que funciona o esporte. Se você tentar até o final, às vezes pode ganhar uma chance como essa", disse o alemão, emocionado, na entrevista da FIA.
Foi a sexta vitória do piloto em Magny-Cours. Ele já havia sido o primeiro em 1994, 1995 (ambas pela Benetton), 1997, 1998 e 2001 (pela Ferrari). Assim, Schumacher igualou Alain Prost (Brasil e França) e Ayrton Senna (Mônaco), até hoje os únicos homens que haviam conseguido seis vitórias em uma mesma corrida.
Saindo em segundo no grid, o alemão precisava vencer o GP de ontem para garantir o título. Além disso, dependia que Rubens Barrichello ou Juan Pablo Montoya não acabassem em segundo.
O primeiro sucumbiu antes mesmo da largada, quando os mecânicos esqueceram um macaco sob seu carro. Levado para largar dos boxes, Barrichello enfrentou então uma pane eletrônica na Ferrari e abandonou a disputa. Irritado, deu uma "banana" para os mecânicos de sua escuderia e foi embora do autódromo.
Montoya teve um início promissor. Segurou Schumacher até a primeira rodada de pits, quando começaram seus problemas.
Enquanto o colombiano estava parado nos boxes, no 24º giro, o alemão aproveitou para dar uma volta voadora, a mais rápida da corrida àquela altura. Assim, após fazer seu pit stop, duas voltas depois, Schumacher retornou à pista na frente do adversário.
Montoya, porém, ganhou um "presente" na 35ª volta: punido por ter cruzado uma linha na saída dos boxes, Schumacher teve que cumprir um drive-through -a linha existe justamente para evitar que carros lentos, saindo dos pits, voltem à pista na frente de pilotos em ritmo de corrida.
O piloto da Williams reassumiu a liderança, seguido por Raikkonen. Mas foi por pouco tempo.
Na 43ª volta, após fazer o último pit, seu motor engasgou na saída dos boxes. Montoya perdeu quatro segundos, o suficiente para despencar para o quarto lugar.
Raikkonen assumiu a ponta e resistiu bem à pressão de Schumacher. Até encontrar o óleo na pista. "É difícil explicar. Posso dizer que foi o melhor e o pior GP da minha vida", disse o finlandês. Ao seu lado, Schumacher abriu um sorriso maroto.
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