Publicidade
Publicidade
21/08/2002
-
18h00
da Folha Online
A "era Scolari" na seleção brasileira terminou hoje exatamente como começou. Um ano e 20 dias depois, o treinador gaúcho deixou o comando do time nacional na tarde de hoje com uma derrota, pelo mesmo placar adverso de sua estréia (1 a 0), também para um vizinho sul-americano.
O Brasil de Luiz Felipe Scolari acabou nesta tarde perdendo para o Paraguai -que não levou estrelas como Arce, Gamarra e Chilavert-, em amistoso no estádio Castelão, em Fortaleza, última cidade a hospedar a delegação nacional antes do embarque para a Ásia.
Clique aqui para conferir os melhores lances da partida.
O primeiro jogo após a conquista do pentacampeonato mundial na Copa do Mundo do Japão e da Coréia do Sul lembrou muito mais o desesperado time das eliminatórias do que a brilhante equipe que fez história no Mundial-2002.
Com o aval em massa do povo, o técnico assumiu o cargo em junho do ano passado, em Brasília, época em que o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, vivia dias difíceis assolado pelas CPIs que investigaram o futebol. Scolari debutou na seleção no dia 1º de julho daquele ano, em um revés para o Uruguai, em Montevidéu, pelas eliminatórias do Mundial.
Dessa vez o jogo não valia nada, o clima era de festa e comício político em prol da candidatura de Ciro Gomes (PPS), que recebeu uma camisa canarinho número 23, mesmo número que concorre às eleições à Presidência da República.
Apesar de ter mais um amistoso agendado, para novembro (data que a Fifa reservou para outra megarrodada de amistosos), a CBF segue afirmando que o nome do novo técnico da seleção só será divulgado no início do ano que vem.
O jogo
O time pentacampeão mundial, desfalcado dos zagueiros Roque Júnior e Lúcio -que nem viajou à capital cearense-, ambos contundidos, jogou só 30 minutos, em clima de "brincadeira". O trio de erres formado por Ronaldo, Ronaldinho e Rivaldo, que encantou o mundo em solo asiático, quase não apareceu hoje.
Depois de parar duas vezes na linha de impedimento da zaga paraguaia, a seleção teve a sua melhor chance de gol aos 22min, em um belo chute de fora da área do volante Kléberson, que Tavarelli espalmou para escanteio.
Seis minutos depois, o Paraguai respondeu e marcou o gol da vitória, em um chute rasteiro de fora da área de Cuevas, que entrou à direita de Marcos.
Em seguida, Scolari começou a desmanchar a equipe, colocando Dida e Luizão nas vagas de Marcos e Ronaldo, o artilheiro da Copa.
Nos quinze minutos finais do primeiro tempo o jogo foi apático. A seleção seguiu esbarrando na sólida marcação do meio-campo e dos laterais paraguaios.
Na etapa final, Scolari trocou quase o time todo. Entraram Belletti, Júnior, Emerson, Vampeta, Kaká e Denílson, nos lugares de Cafu, Roberto Carlos, Gilberto Silva, Ricardinho, Ronaldinho e Rivaldo.
As mudanças deram mais movimentação, mas a equipe seguiu pouco criativa, insistindo nas jogadas pelo congestionado meio da área.
Aos 15min, Rogério Ceni entrou no lugar de Dida.
A melhor chance de empate saiu três minutos depois, novamente dos pés de Kléberson, que fez boa jogada individual pela esquerda, deixou dois paraguaios para trás e cruzou para Kaká na área. O meia são-paulino dominou e bateu colocado, mas muito fraco, para fácil defesa de Tavarelli.
O último a entrar no time foi Edílson, que se recupera de lesão, aos 31min. E foi ele quem conseguiu balançar a rede rival, aos 37min, mas o juiz colombiano Oscar Ruiz anulou o gol alegando impedimento.
BRASIL
Marcos (Dida e Rogério Ceni); Cafu (Belletti), Edmílson, Ânderson Polga e Roberto Carlos (Júnior); Gilberto Silva (Vampeta), Kléberson (Edílson), Ricardinho (Denílson) e Ronaldinho (Kaká); Rivaldo (Emerson) e Ronaldo (Luizão)
Técnico: Luiz Felipe Scolari
PARAGUAI
Tavarelli; Isasi, Ayala, Cáceres e Caniza; Bonet (Morinigio), Paredes, Acuña e Jorge Campos; Cuevas (Massi) e Cardozo
Técnico: Aníbal Ruiz
Local: estádio Castelão, em Fortaleza (CE)
Juiz: Oscar Ruiz (COL)
Cartão amarelo: Emerson (B)
Gol: Cuevas, aos 28min do primeiro tempo
"Era Scolari" termina como começou, e Paraguai estraga festa do penta
Publicidade
A "era Scolari" na seleção brasileira terminou hoje exatamente como começou. Um ano e 20 dias depois, o treinador gaúcho deixou o comando do time nacional na tarde de hoje com uma derrota, pelo mesmo placar adverso de sua estréia (1 a 0), também para um vizinho sul-americano.
O Brasil de Luiz Felipe Scolari acabou nesta tarde perdendo para o Paraguai -que não levou estrelas como Arce, Gamarra e Chilavert-, em amistoso no estádio Castelão, em Fortaleza, última cidade a hospedar a delegação nacional antes do embarque para a Ásia.
Clique aqui para conferir os melhores lances da partida.
O primeiro jogo após a conquista do pentacampeonato mundial na Copa do Mundo do Japão e da Coréia do Sul lembrou muito mais o desesperado time das eliminatórias do que a brilhante equipe que fez história no Mundial-2002.
Com o aval em massa do povo, o técnico assumiu o cargo em junho do ano passado, em Brasília, época em que o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, vivia dias difíceis assolado pelas CPIs que investigaram o futebol. Scolari debutou na seleção no dia 1º de julho daquele ano, em um revés para o Uruguai, em Montevidéu, pelas eliminatórias do Mundial.
Dessa vez o jogo não valia nada, o clima era de festa e comício político em prol da candidatura de Ciro Gomes (PPS), que recebeu uma camisa canarinho número 23, mesmo número que concorre às eleições à Presidência da República.
Apesar de ter mais um amistoso agendado, para novembro (data que a Fifa reservou para outra megarrodada de amistosos), a CBF segue afirmando que o nome do novo técnico da seleção só será divulgado no início do ano que vem.
O jogo
O time pentacampeão mundial, desfalcado dos zagueiros Roque Júnior e Lúcio -que nem viajou à capital cearense-, ambos contundidos, jogou só 30 minutos, em clima de "brincadeira". O trio de erres formado por Ronaldo, Ronaldinho e Rivaldo, que encantou o mundo em solo asiático, quase não apareceu hoje.
Depois de parar duas vezes na linha de impedimento da zaga paraguaia, a seleção teve a sua melhor chance de gol aos 22min, em um belo chute de fora da área do volante Kléberson, que Tavarelli espalmou para escanteio.
Seis minutos depois, o Paraguai respondeu e marcou o gol da vitória, em um chute rasteiro de fora da área de Cuevas, que entrou à direita de Marcos.
Em seguida, Scolari começou a desmanchar a equipe, colocando Dida e Luizão nas vagas de Marcos e Ronaldo, o artilheiro da Copa.
Nos quinze minutos finais do primeiro tempo o jogo foi apático. A seleção seguiu esbarrando na sólida marcação do meio-campo e dos laterais paraguaios.
Na etapa final, Scolari trocou quase o time todo. Entraram Belletti, Júnior, Emerson, Vampeta, Kaká e Denílson, nos lugares de Cafu, Roberto Carlos, Gilberto Silva, Ricardinho, Ronaldinho e Rivaldo.
As mudanças deram mais movimentação, mas a equipe seguiu pouco criativa, insistindo nas jogadas pelo congestionado meio da área.
Aos 15min, Rogério Ceni entrou no lugar de Dida.
A melhor chance de empate saiu três minutos depois, novamente dos pés de Kléberson, que fez boa jogada individual pela esquerda, deixou dois paraguaios para trás e cruzou para Kaká na área. O meia são-paulino dominou e bateu colocado, mas muito fraco, para fácil defesa de Tavarelli.
O último a entrar no time foi Edílson, que se recupera de lesão, aos 31min. E foi ele quem conseguiu balançar a rede rival, aos 37min, mas o juiz colombiano Oscar Ruiz anulou o gol alegando impedimento.
BRASIL
Marcos (Dida e Rogério Ceni); Cafu (Belletti), Edmílson, Ânderson Polga e Roberto Carlos (Júnior); Gilberto Silva (Vampeta), Kléberson (Edílson), Ricardinho (Denílson) e Ronaldinho (Kaká); Rivaldo (Emerson) e Ronaldo (Luizão)
Técnico: Luiz Felipe Scolari
PARAGUAI
Tavarelli; Isasi, Ayala, Cáceres e Caniza; Bonet (Morinigio), Paredes, Acuña e Jorge Campos; Cuevas (Massi) e Cardozo
Técnico: Aníbal Ruiz
Local: estádio Castelão, em Fortaleza (CE)
Juiz: Oscar Ruiz (COL)
Cartão amarelo: Emerson (B)
Gol: Cuevas, aos 28min do primeiro tempo
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Guga perde processo milionário no Carf e diz que decisão é 'lamentável'
- Super Bowl tem avalanche de recordes em 2017; veja os principais
- Brady lidera maior virada da história do Super Bowl e leva Patriots à 5ª taça
- CBF quer testar uso de árbitro de vídeo no Brasileiro deste ano
- Fifa estuda usar recurso de imagem para árbitros na Copa do Mundo-18
+ Comentadas