27/08/2002 - 08h40

Guga encara pressão e retrospecto no Aberto dos EUA

da Folha de S.Paulo

Gustavo Kuerten estréia hoje, por volta das 18h (de Brasília), no Aberto dos EUA contra o francês Julien Boutter sob pressão.

Guga, 46º no ranking e que perdeu seus dois jogos contra o rival, 54º, precisa vencer para manter o posto de melhor brasileiro na lista, status que ostenta desde 1996.

Além do retrospecto favorável contra Kuerten, Boutter também é representante do país que mais apresenta a fama de carrasco na carreira do brasileiro, a França.

Desde que começou a disputar os grandes torneios da ATP e a Davis, em 1996, o brasileiro já enfrentou 173 adversários. Contra 113 rivais, tem vantagem no confronto direto, há empate com 21 tenistas e leva a pior diante de 39.

Cinco são da França, que, ao lado dos EUA, tem o maior número de carrascos do brasileiro. Os europeus levam vantagem no aproveitamento contra Kuerten.

Em 29 partidas entre Guga e franceses, os europeus venceram 14 (48,3% de aproveitamento). Já os americanos apresentam 22 vitórias em 51 jogos (43,1%).

A França também ganha destaque qualitativamente. Entre os 39 jogadores com retrospecto favorável contra Kuerten, há casos de rivais que só o enfrentaram no início de carreira, como o sul-africano Grant Stafford, que o venceu em outubro de 1996, em Tel Aviv.

Só seis jogadores têm duas ou mais vitórias de vantagem sobre Guga. Três são franceses: Boutter, Nicolas Escude (três vitórias e uma derrota) e Cedric Pioline (três vitórias), que o enfrentaram já campeão de Roland Garros.

"Independentemente do resultado, estou muito satisfeito com minha evolução", disse Kuerten.

O brasileiro chegou às quartas-de-final no ano passado e por isso defende 250 de seus 760 pontos no ranking nesta semana.

Guga reservou os último 15 dias somente para os treinamentos em Florianópolis.

Desde a cirurgia no quadril direito, em fevereiro, Kuerten só disputou cinco partidas em quadra dura, piso do Aberto dos EUA, e só obteve duas vitórias.

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