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13/09/2002
-
18h37
enviado da Folha a Monza
Um mês e meio após ter faltado às comemorações pelo pentacampeonato de Michael Schumacher, Rubens Barrichello protagonizou hoje, em Monza, uma nova saia justa com a Ferrari.
Bastante irritado com um problema nos freios do F2002, o piloto brasileiro deixou o cockpit, se aproximou de Claudio Papaleo, o chefe dos seus mecânicos, e, gesticulando, deu-lhe uma bronca.
Uma discussão normal, principalmente em uma pista como a de Monza, a mais veloz do atual calendário. Mas, em um final de semana morno, sem grandes notícias, foi o bastante para que a cena se tornasse o maior assunto do dia. Para completar, tudo foi registrado pelas câmeras do Canal 5, emissora italiana de TV.
Questionado no paddock, Barrichello, primeiro, negou o caso: "Não aconteceu nada. Isso é invenção da imprensa da Itália".
Informado por um repórter de que tudo havia sido gravado, mudou rapidamente de discurso.
"Fui para a pista sem freio, voltei para os boxes e pedi para arrumarem. Quando fui para a pista de novo, o problema continuava. Falei: 'Essa coisa está sem freio. Você, por favor, arrume isso'."
Consciente da dimensão que o caso tomaria na Itália, o passo seguinte do brasileiro foi evitar o assunto. "Se ficarem falando muito disso, a imprensa italiana vai escrever que eu saí do carro como o Mike Tyson", declarou.
Passou raspando. O "Tuttosport", diário esportivo de Turim, usou a frase no título de sua reportagem: "Eu não sou Mike Tyson". Para o "La Repubblica", "Barrichello, irritado, saiu de seu carro e afrontou o mecânico de uma maneira brusca".
E foi pouco perto dos rumores que corriam o autódromo minutos após o incidente. Antes de a imagem ser exibida pela TV, os comentários eram de que Barrichello havia agredido o mecânico. Preocupada, a assessoria da Ferrari procurava desmentir o boato.
Apesar de o problema nos freios lhe ter custado toda a primeira sessão de treinos, o brasileiro terminou a sexta-feira com o segundo melhor tempo, a 0s225 de Schumacher, o mais rápido. E se diz "muito otimista" para a sessão que vai definir o grid.
"A Michelin (fornecedora de pneus da Williams e da McLaren) deve andar bem aqui, mas estou tranquilo", afirmou. O treino oficial para o GP da Itália, 15ª e antepenúltima etapa do Mundial, acontece a partir das 8h (horário de Brasília), com TV.
Principal preocupação de Barrichello antes de chegar a Monza, a dupla da Williams não foi bem hoje. Juan Pablo Montoya, vencedor em 2001, foi o quinto. Ralf Schumacher, o sétimo.
Os dois, além do escocês David Coulthard, da McLaren, disputam o vice-campeonato com o ferrarista. Amanhã, Barrichello ocupa a segunda colocação, com 51 pontos, seguido por Montoya (44), Ralf (42) e Coulthard (37).
No ano passado, a Williams dominou o final de semana de Monza. Montoya obteve a pole position e venceu a corrida, enquanto Ralf estabeleceu um novo recorde para a pista, à média de 245 km/h.
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Barrichello discute com mecânico e cria nova saia justa na Ferrari
FÁBIO SEIXASenviado da Folha a Monza
Um mês e meio após ter faltado às comemorações pelo pentacampeonato de Michael Schumacher, Rubens Barrichello protagonizou hoje, em Monza, uma nova saia justa com a Ferrari.
Bastante irritado com um problema nos freios do F2002, o piloto brasileiro deixou o cockpit, se aproximou de Claudio Papaleo, o chefe dos seus mecânicos, e, gesticulando, deu-lhe uma bronca.
Uma discussão normal, principalmente em uma pista como a de Monza, a mais veloz do atual calendário. Mas, em um final de semana morno, sem grandes notícias, foi o bastante para que a cena se tornasse o maior assunto do dia. Para completar, tudo foi registrado pelas câmeras do Canal 5, emissora italiana de TV.
Questionado no paddock, Barrichello, primeiro, negou o caso: "Não aconteceu nada. Isso é invenção da imprensa da Itália".
Informado por um repórter de que tudo havia sido gravado, mudou rapidamente de discurso.
"Fui para a pista sem freio, voltei para os boxes e pedi para arrumarem. Quando fui para a pista de novo, o problema continuava. Falei: 'Essa coisa está sem freio. Você, por favor, arrume isso'."
Consciente da dimensão que o caso tomaria na Itália, o passo seguinte do brasileiro foi evitar o assunto. "Se ficarem falando muito disso, a imprensa italiana vai escrever que eu saí do carro como o Mike Tyson", declarou.
Passou raspando. O "Tuttosport", diário esportivo de Turim, usou a frase no título de sua reportagem: "Eu não sou Mike Tyson". Para o "La Repubblica", "Barrichello, irritado, saiu de seu carro e afrontou o mecânico de uma maneira brusca".
E foi pouco perto dos rumores que corriam o autódromo minutos após o incidente. Antes de a imagem ser exibida pela TV, os comentários eram de que Barrichello havia agredido o mecânico. Preocupada, a assessoria da Ferrari procurava desmentir o boato.
Apesar de o problema nos freios lhe ter custado toda a primeira sessão de treinos, o brasileiro terminou a sexta-feira com o segundo melhor tempo, a 0s225 de Schumacher, o mais rápido. E se diz "muito otimista" para a sessão que vai definir o grid.
"A Michelin (fornecedora de pneus da Williams e da McLaren) deve andar bem aqui, mas estou tranquilo", afirmou. O treino oficial para o GP da Itália, 15ª e antepenúltima etapa do Mundial, acontece a partir das 8h (horário de Brasília), com TV.
Principal preocupação de Barrichello antes de chegar a Monza, a dupla da Williams não foi bem hoje. Juan Pablo Montoya, vencedor em 2001, foi o quinto. Ralf Schumacher, o sétimo.
Os dois, além do escocês David Coulthard, da McLaren, disputam o vice-campeonato com o ferrarista. Amanhã, Barrichello ocupa a segunda colocação, com 51 pontos, seguido por Montoya (44), Ralf (42) e Coulthard (37).
No ano passado, a Williams dominou o final de semana de Monza. Montoya obteve a pole position e venceu a corrida, enquanto Ralf estabeleceu um novo recorde para a pista, à média de 245 km/h.
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