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21/09/2002 - 16h01

Brasil vence nas duplas, fica na elite da Davis e mantém tabu

FERNANDO CAMINATI
enviado especial da Folha Online ao Rio

Debaixo de uma fina e fria garoa no Rio de Janeiro, Gustavo Kuerten e André Sá venceram a dupla canadense e deram a vitória ao Brasil no confronto da repescagem da Copa Davis-2002, mantendo o país na divisão de elite da tradicional competição de equipes.

Na encharcada quadra de saibro montada no Clube Marapendi, os brasileiros derrotaram Daniel Nestor e Simon Larose por 3 sets a 2, com parciais de 4/6, 7/6(7/5), 6/1, 4/6 e 6/2.

O resultado mantém o Brasil entre os 16 países que permanecem no Grupo Mundial, espécie de primeira divisão da Davis, no ano que vem.

Com isso, o país mantém o tabu de jamais ter sido rebaixado na principal competição de equipes do tênis desde que passou a contar com Guga, o primeiro brasileiro a aparecer entre os top ten dos rankings da ATP e a ser o número um do mundo.

Desde 1993, a equipe brasileira não é rebaixada do Grupo Mundial. Após a volta, em 1996 -_no primeiro ano em que Guga representou o país no torneio_, o Brasil só foi à repescagem outras duas vezes além desta, mas venceu em todas _em 97, contra a Nova Zelândia e, em 98, contra a Romênia.

Com isso, o número um brasileiro atinge os objetivos aos quais se propôs neste ano, após ter se submetido à artroscopia no quadril: voltar a jogar bem, vencer um título em simples e classificar o Brasil na Davis.

O primeiro ponto foi cumprido no Aberto dos EUA, no início do mês, quando venceu o número dois do mundo Marat Safin e foi às oitavas-de-final da competição; o segundo veio no último domingo, com o título do Torneio da Costa do Sauípe, na Bahia; e o terceiro hoje, nas duplas.

O jogo
O jogo começou equilibrado, com Sá tendo dificuldades para confirmar seu primeiro serviço. Mas até o quinto game, nenhum saque foi quebrado. Daí para frente, houve cinco quebras sucessivas _duas para o Brasil e três para o Canadá, duas delas em saques de Guga.

Com isso, os adversários _que sem ter jogadores entre os top 100 do ranking mundial apostavam tudo em sua dupla, que contava com o número um do mundo na Corrida dos Campeões, Daniel Nestor-_ levaram o primeiro set.

No segundo set, o equilíbrio foi retomado. Da metade para o final da parcial, Guga passou a vibrar mais com os pontos brasileiros e mexeu com a torcida. Mesmo sem ter lotado os 6.000 lugares das arquibancadas, o público se inflamou e correspondeu ao apelo do ídolo.

Sem quebras o jogo seguiu para o tie-break, e empurrados pela torcida os brasileiros venceram dois pontos no saque dos rivais e levaram o game de desempate, fechando o set.

Com o Brasil com uma quebra à frente, após grande atuação do mineiro, o terceiro set foi interrompida com placar de 3/1, para que a quadra secasse. A garoa continuava a cair e o saibro estava muito escorregadio.

A pausa de 30 minutos fez bem aos brasileiros, que voltaram para o jogo, confirmaram um serviço e quebraram mais um saque de Nestor, fechando a parcial.

No quarto set, os brasileiros deixaram o ritmo cair. Guga parou de vibrar a cada ponto e a torcida esfriou. O Canadá saiu perdendo, com uma quebra no terceiro game. Reagiu no sexto e com outra quebra no décimo game, fechou a parcial, forçando o quinto set.

André Sá se soltou no quinto set e fez vários pontos importantes. Com uma quebra logo no primeiro game da parcial e outra no quinto game, o Brasil pode resistir às pressões canadenses nos últimos games e confirmar a vitória, no saque de Guga.

Amanhã, os dois últimos jogos de simples serão realizados já com o confronto definido, até uma hora antes das disputas, os capitães podem mudar as escalações. A princípio, Guga enfrentaria Frank Dancevic e Fernando Meligeni jogaria contra Daniel Nestor.

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