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23/09/2002 - 07h31

Confira a entrevista com o ex-tenista Thomaz Koch

FERNANDO CAMINATI
enviado especial da Folha Online ao Rio

Confira a entrevista concedida pelo ex-tenista Thomaz Koch, 57, à Folha Online no Clube Marapendi, no Rio.

Há muita diferença entre o público de tênis na sua época e o de hoje?
Thomaz Koch -
Sim, há muita. Naquela época o tênis era um esporte mais restrito e hoje não. Temos cada vez mais torneios aqui e, além disso, o público que gosta de tênis está muito mais acostumado a ver os jogos na TV, já conhece todos os jogadores, sabe o estilo de jogo de cada um e conhece muito mais, tecnicamente, sobre o esporte. Antigamente se ia ter um jogo a gente precisava ficar explicando como marca os pontos e etc.

Como você vê a recuperação do Guga após a artroscopia no quadril, realizada em fevereiro?
Koch -
O Guga está voltando a ser o jogador que era. Daqui pra frente é uma questão de tempo, e ele já começa a viver um bom momento [com as vitórias no Aberto dos EUA, o título na Costa do Sauípe e este fim de semana da Davis]. É questão de uma bola às vezes. Como no US Open, por exemplo. Se ele leva aquela bola no quarto set [no tie-break com Sjeng Schalken], de repente ia às quartas-de-final, semifinais. O tênis tem disso: são detalhes, as pequenas coisas, as pequenas viradas. Mas ele está no caminho e, não só tecnicamente, mas principalmente na parte mental, ele já está de volta entre os melhores.

E o atual momento do tênis brasileiro, com quatro jogadores ranqueados entre os 100 melhores do mundo?
Koch -
É um momento fantástico e temos de aproveitá-lo para podermos colher mais frutos no futuro. Nossos melhores jogadores são estes mesmo da equipe da Davis, mas é difícil prever quando um deles vai explodir. É, como falei antes, uma questão de momento. O bom é que eles também já estão pavimentando o caminho para os que estão vindo atrás, isso é fundamental.

Tecnicamente, o que falta para que tanto os nossos melhores juvenis quanto os jovens profissionais comecem a ganhar torneios?
Koch -
Olha, não se fabrica um campeão. É ele quem se faz. É através do trabalho dele, da concentração dele que uma grande carreira vai surgir. Às vezes, o tenista precisa de uma virada, um grande jogo, uma vitória contra um top ten. Essas coisas podem provocar uma mudança na vida dele.

Como será seu trabalho no projeto das categorias de base da CBT?
Koch -
Acho que vai ser muito bom, daremos a oportunidade para que os jovens cresçam muito. Mas o trabalho principal será na categoria de 12 e 14 anos, porque neste momento é que o jogador vai ter que decidir se quer tentar a carreira profissional, se tem cabeça para isso ou se vai perseguir outros caminhos. Depois, com os mais velhos este trabalho vai ser muito importante. Nesta semana já vimos a integração fantástica que foi. É muito bom que eles convivam com ídolos e vejam como eles treinam, joguem com eles e saibam como eles são no dia-a-dia.

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