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Fiasco na São Silvestre não altera meta da Confederação de atletismo
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da Folha de S.Paulo
A ausência de brasileiros no pódio masculino da 84ª Corrida Internacional de São Silvestre, disputada na quarta-feira, não será estopim para ampliar a discussão sobre a limitação do número de atletas estrangeiros ou alterar o planejamento do país para as provas de rua.
Foi o que afirmou à reportagem o presidente da CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo), Roberto Gesta. Para o dirigente, o domínio dos corredores quenianos na mais badalada prova de rua do país não é o fato a ser discutido.
"Em uma prova dessa, que é um evento grande, de tradição e visibilidade, sempre teremos muitos estrangeiros inscritos, pois é um intercâmbio natural, e não há nada de errado em eles obterem bons resultados. O que precisamos fazer é discutir regras gerais visando principalmente os eventos menores que acontecem ao longo do ano."
A confederação está disposta a colocar em vigor medidas restritivas aos estrangeiros a partir de 1º de fevereiro.
O presidente da entidade crê que chegou a hora de atender a essa já antiga reivindicação.
"Não é de hoje que ouvimos atletas e técnicos brasileiros reclamando disso [o grande número de estrangeiros em provas, principalmente quenianos], e nesse momento vemos que é uma questão importante, que, se não for resolvida, poderá desestimular nossos atletas", reconhece Gesta.
Fundistas brasileiros, até os que já obtiveram resultados expressivos, como Franck Caldeira, campeão da São Silvestre em 2006, vêm se queixando da presença maciça dos quenianos no país, que tem um forte calendário de corridas de rua.
"Eles são muitos até em competições que têm como prêmio cestas básicas", disse Caldeira, uma das decepções entre os homens na última São Silvestre.
Ele abandonou na altura do km 10. A prova foi vencida pelo queniano James Kipsang, com o tempo de 44min42s.
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