Brasil recebe evento de golfe, que faz lobby por sonho olímpico

A disputa de uma etapa da Liga Profissional de Golfe Feminino no Rio de Janeiro, a LPGA Brasil Cup, no próximo fim de semana, no Itanhangá Golf Club, aumentou o sonho das golfistas brasileiras em ver o esporte se tornar olímpico. Em outubro, o COI (Comitê Olímpico Internacional) indicará até duas novas modalidades para integrarem o programa dos Jogos.

E o golfe está entre elas, ao lado do caratê, beisebol, patinação, entre outras. Como o Rio de Janeiro é candidato a sede da Olimpíada de 2016, e pela primeira vez o torneio será disputado na América do Sul, as golfistas aguardam com ansiedade esta possibilidade.

"Sempre sonhei em disputar a Olimpíada. Tomara que o golfe consiga entrar no programa olímpico. A LPGA Brasil Cup servirá para que os brasileiros vejam o nível do golfe lá fora. O jogo será disputado na mesma distância dos eventos tradicionais da LPGA. Não tenho dúvida de que será uma grande disputa", afirmou Maria Cândida Hannemann, a Candy (138ª), de 28 anos.

Brasileira de maior sucesso no golfe, a paranaense Ângela Park (17ª), que fará sua estreia no Brasil em competições oficiais, também sonha em disputar uma Olimpíada. Aos 20 anos, a golfista que, em dois anos no circuito já acumulou cerca de US$ 1,8 milhão (cerca de R$ 4,2 milhões) em prêmios, acredita que a competição no Rio será a oportunidade de mostrar o golfe para as crianças e estimular a prática entre os jovens.

O golfe tem mais de 60 milhões de praticantes, em cerca de 120 países. Só o circuito profissional feminino, promovido pela LPGA, movimentará, em 2009, US$ 55 milhões (cerca de R$ 129 milhões). Já o turismo mundial fatura US$ 30 bilhões (aproximadamente R$ 70,5 bilhões) com praticantes de golfe.

Estes argumentos estão sendo utilizados para convencer o COI a recolocar o golfe no programa dos Jogos Olímpicos. O astro Tiger Woods integra uma comissão de atletas envolvida no projeto.