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15/12/2002
-
09h53
da Folha de S.Paulo
Pronto para mais um dia de trabalho, Guga levanta-se do refeitório onde tomou o café da manhã, leva o prato para a cozinha e se dirige à sala de ginástica. É observado por Larri Passos, com uma cuia de chimarrão nas mãos.
A cena, na última quinta, poderia ter ocorrido há 12 anos, quando se iniciou a parceria dos dois.
"Cada passo que dou tenho o Larri a meu lado. Foi isso que me deu força no início, quando não tinha nenhum tenista [brasileiro] como referência, e continua me dando força agora, nos bons e nos maus momentos. Fomos desbravando esse mundo juntos", comentou Gustavo Kuerten, 26.
E devem continuar assim por muitos e muitos anos, na contramão do que acontece na elite do tênis mundial, onde alguns atletas trocam de técnico como se estivessem trocando de camisa.
É o caso de Lleyton Hewitt, 21, que mesmo tendo se tornado o número um do ranking no ano passado, resolveu iniciar a temporada 2002 com outro treinador.
Já o norte-americano Pete Sampras tentou de tudo -até um conjunto de técnicos, um especialista em cada tipo de piso.
Enquanto Marat Safin não pára com treinador algum, Ievguêni Kafelnikov fica por conta própria e Juan Carlos Ferrero viaja sozinho para boa parte dos torneios, Guga não desgruda de Larri, 44.
"Mesmo com problemas pessoais [perdeu a mãe em fevereiro, o pai, em agosto], ele ajudou muito na minha recuperação [de uma artroscopia no quadril direito] e graças ao Larri hoje me sinto em ponto de bala", disse o tenista, cujo objetivo é voltar a figurar entre os dez mais bem colocados do ranking -em 2002, foi apenas o 36º na Corrida dos Campeões.
A ligação entre os dois é tanta que mesmo no dia em que decidir encerrar a carreira, Guga quer continuar com a parceria e ajudar no projeto de formar uma nova geração para o tênis brasileiro.
Ainda não sabe exatamente como -cogitou fazer um curso de educação física ou de nutrição ou simplesmente usar seu nome para angariar fundos para a academia de Larri, em Camboriú (SC).
É lá que pretende passar um pouco de sua experiência para os novos jogadores.
E é justamente o que já tem feito nas últimas semanas, quando se prepara para a temporada 2003.
Na clínica de Larri, Guga costuma treinar com outros tenistas, alguns dos quais juvenis, que dizem ter ganho muito graças ao contato com o ídolo.
O grupo -formado por até 12 atletas- costuma treinar oito horas por dia, metade das quais nas quadras, metade em exercícios de aquecimento, atividades de preparação física e relaxamento.
Na pré-temporada, eles chegam à clínica às 7h25 e só voltam para casa após as 18h30 -o único dia de folga é o domingo.
Leia mais: no especial de Tênis
Para voltar ao topo, Guga aposta em "parceria eterna"
JOÃO CARLOS ASSUMPÇÂOda Folha de S.Paulo
Pronto para mais um dia de trabalho, Guga levanta-se do refeitório onde tomou o café da manhã, leva o prato para a cozinha e se dirige à sala de ginástica. É observado por Larri Passos, com uma cuia de chimarrão nas mãos.
A cena, na última quinta, poderia ter ocorrido há 12 anos, quando se iniciou a parceria dos dois.
"Cada passo que dou tenho o Larri a meu lado. Foi isso que me deu força no início, quando não tinha nenhum tenista [brasileiro] como referência, e continua me dando força agora, nos bons e nos maus momentos. Fomos desbravando esse mundo juntos", comentou Gustavo Kuerten, 26.
E devem continuar assim por muitos e muitos anos, na contramão do que acontece na elite do tênis mundial, onde alguns atletas trocam de técnico como se estivessem trocando de camisa.
É o caso de Lleyton Hewitt, 21, que mesmo tendo se tornado o número um do ranking no ano passado, resolveu iniciar a temporada 2002 com outro treinador.
Já o norte-americano Pete Sampras tentou de tudo -até um conjunto de técnicos, um especialista em cada tipo de piso.
Enquanto Marat Safin não pára com treinador algum, Ievguêni Kafelnikov fica por conta própria e Juan Carlos Ferrero viaja sozinho para boa parte dos torneios, Guga não desgruda de Larri, 44.
"Mesmo com problemas pessoais [perdeu a mãe em fevereiro, o pai, em agosto], ele ajudou muito na minha recuperação [de uma artroscopia no quadril direito] e graças ao Larri hoje me sinto em ponto de bala", disse o tenista, cujo objetivo é voltar a figurar entre os dez mais bem colocados do ranking -em 2002, foi apenas o 36º na Corrida dos Campeões.
A ligação entre os dois é tanta que mesmo no dia em que decidir encerrar a carreira, Guga quer continuar com a parceria e ajudar no projeto de formar uma nova geração para o tênis brasileiro.
Ainda não sabe exatamente como -cogitou fazer um curso de educação física ou de nutrição ou simplesmente usar seu nome para angariar fundos para a academia de Larri, em Camboriú (SC).
É lá que pretende passar um pouco de sua experiência para os novos jogadores.
E é justamente o que já tem feito nas últimas semanas, quando se prepara para a temporada 2003.
Na clínica de Larri, Guga costuma treinar com outros tenistas, alguns dos quais juvenis, que dizem ter ganho muito graças ao contato com o ídolo.
O grupo -formado por até 12 atletas- costuma treinar oito horas por dia, metade das quais nas quadras, metade em exercícios de aquecimento, atividades de preparação física e relaxamento.
Na pré-temporada, eles chegam à clínica às 7h25 e só voltam para casa após as 18h30 -o único dia de folga é o domingo.
Leia mais: no especial de Tênis
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