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21/02/2003
-
08h39
da Sucursal da Folha de S.Paulo no Rio
Apesar de ter fechado o ano de 2002 com superávit recorde de R$ 9 milhões, descontados todos os impostos, a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) decidiu obrigar os árbitros a viajar de ônibus na Copa do Brasil.
Desde o início do mês, o presidente da Comissão Nacional de Arbitragem da entidade, Armando Marques, está determinando que os profissionais de arbitragem troquem os aviões pelos ônibus em viagens de até 500 quilômetros na competição. Isso nunca havia ocorrido nas edições anteriores do segundo mais importante torneio do futebol nacional.
Caso seja desrespeitada a orientação, o órgão informa que os clubes só vão reembolsar o árbitro com o valor máximo de uma tarifa de ônibus-leito para a cidade onde for disputada a partida.
"Nós só somos lembrados quando erramos. Ninguém se preocupa com o nosso bem-estar", disse o presidente da Anaf (Associação Nacional dos Árbitros de Futebol), Márcio Rezende Freitas, que ainda está atuando.
Com a nova determinação, quase todos os árbitros e auxiliares escalados para as 21 partidas da rodada desta semana da Copa do Brasil foram trabalhar de ônibus.
Para obrigar o maior número de árbitros a não ir de avião, Marques fez uma escala regionalizada. Quase todos os grupos de arbitragem eram de Estados vizinhos ao dos locais dos jogos.
O árbitro carioca Sérgio Cristiano e os auxiliares Francisco Vitor e Eurivaldo Faria, ambos do Rio, para trabalhar na partida do Ituano (2 a 0 no Coritiba), tiveram de pegar dois ônibus para ir a Itu.
"Estamos dispostos a colaborar, mas deixamos claro que não podemos ser sacrificados durante toda a competição. O Armando Marques disse que iria nos ajudar", declarou Rezende, que também recebeu a promessa do dirigente de que a medida não será adotada no Campeonato Brasileiro, que terá nesta temporada quase nove meses de duração.
"O mundo inteiro está com problemas. É uma questão de custo. Por isso vamos colocar os juízes nos ônibus", disse Marques.
Um bom exemplo para a regionalização das arbitragens na Copa do Brasil aconteceu na derrota do São Paulo para o São Raimundo anteontem (0 a 2). O juiz da partida, Marcos Antônio Barros Café, é do Acre, Estado vizinho ao Amazonas, onde ocorreu o jogo.
A assessoria de imprensa da CBF alegou que a decisão de obrigar árbitros a trocarem na Copa do Brasil o avião pelo ônibus, para as viagens de menos de 500 quilômetros, foi adotada para ajustar a situação deles à realidade do futebol nacional. Segundo a entidade que dirige a modalidade no país, times que participam do torneio fazem o percurso de ônibus.
CBF manda árbitros irem trabalhar de ônibus
SÉRGIO RANGELda Sucursal da Folha de S.Paulo no Rio
Apesar de ter fechado o ano de 2002 com superávit recorde de R$ 9 milhões, descontados todos os impostos, a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) decidiu obrigar os árbitros a viajar de ônibus na Copa do Brasil.
Desde o início do mês, o presidente da Comissão Nacional de Arbitragem da entidade, Armando Marques, está determinando que os profissionais de arbitragem troquem os aviões pelos ônibus em viagens de até 500 quilômetros na competição. Isso nunca havia ocorrido nas edições anteriores do segundo mais importante torneio do futebol nacional.
Caso seja desrespeitada a orientação, o órgão informa que os clubes só vão reembolsar o árbitro com o valor máximo de uma tarifa de ônibus-leito para a cidade onde for disputada a partida.
"Nós só somos lembrados quando erramos. Ninguém se preocupa com o nosso bem-estar", disse o presidente da Anaf (Associação Nacional dos Árbitros de Futebol), Márcio Rezende Freitas, que ainda está atuando.
Com a nova determinação, quase todos os árbitros e auxiliares escalados para as 21 partidas da rodada desta semana da Copa do Brasil foram trabalhar de ônibus.
Para obrigar o maior número de árbitros a não ir de avião, Marques fez uma escala regionalizada. Quase todos os grupos de arbitragem eram de Estados vizinhos ao dos locais dos jogos.
O árbitro carioca Sérgio Cristiano e os auxiliares Francisco Vitor e Eurivaldo Faria, ambos do Rio, para trabalhar na partida do Ituano (2 a 0 no Coritiba), tiveram de pegar dois ônibus para ir a Itu.
"Estamos dispostos a colaborar, mas deixamos claro que não podemos ser sacrificados durante toda a competição. O Armando Marques disse que iria nos ajudar", declarou Rezende, que também recebeu a promessa do dirigente de que a medida não será adotada no Campeonato Brasileiro, que terá nesta temporada quase nove meses de duração.
"O mundo inteiro está com problemas. É uma questão de custo. Por isso vamos colocar os juízes nos ônibus", disse Marques.
Um bom exemplo para a regionalização das arbitragens na Copa do Brasil aconteceu na derrota do São Paulo para o São Raimundo anteontem (0 a 2). O juiz da partida, Marcos Antônio Barros Café, é do Acre, Estado vizinho ao Amazonas, onde ocorreu o jogo.
A assessoria de imprensa da CBF alegou que a decisão de obrigar árbitros a trocarem na Copa do Brasil o avião pelo ônibus, para as viagens de menos de 500 quilômetros, foi adotada para ajustar a situação deles à realidade do futebol nacional. Segundo a entidade que dirige a modalidade no país, times que participam do torneio fazem o percurso de ônibus.
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