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23/03/2003 - 00h01

Geninho conquista sonho pessoal com título do Paulista

EDUARDO ARRUDA
LÚCIO RIBEIRO


O técnico Geninho finalmente alcançou o título que mais perseguiu em sua vida. O Paulista, que viu escapar por entre seus dedos duas vezes quando comandava o Santos diante do próprio Corinthians, chegou quase 20 anos depois que iniciou sua carreira de treinador justamente com a equipe que mais o impediu de chegar a esse feito em edições anteriores.

"É o título que mais persegui em minha carreira, desde quando era jogador. É tão importante quanto o Brasileiro que ganhei pelo Atlético-PR [em 2001], ainda mais por ser no Corinthians", disse Geninho, que começa finalmente a cair nas graças da torcida corintiana.

Geninho traça um paralelo de sua trajetória no Parque São Jorge com o desenvolvimento de sua carreira. "Sempre persegui isso [títulos], mas sabia que seria uma tarefa difícil", disse o técnico, que teve problemas em sua chegada.

Encantada com Carlos Alberto Parreira, que conquistou dois títulos pelo clube em 2002, o torcedor tratou Geninho com frieza e até certa dose de hostilidade.

Em algumas partidas no Pacaembu, o técnico corintiano foi chamado de burro pela torcida, mesmo vencendo os jogos.

Mas diz não se importar com os críticos. "Aqui não há pressão interna. Nenhum dirigente vem te cobrar como armar o time ou pedir para escalar esse ou aquele jogador. A pressão é só externa."

Mas Geninho tem mostrado em números desempenho superior ao do colega que deixou os corintianos para dirigir a seleção. Até agora, em suas 14 partidas na equipe, o treinador conquistou 78,6% dos pontos que disputou. Foram dez vitórias, três empates e só uma derrota, para o São Caetano, pela primeira fase do torneio.

Em seus primeiros 14 confrontos, Parreira obteve 66,7% de aproveitamento (oito vitórias, quatro empates e duas derrotas).

Assim que assumiu o time, Geninho tentou impor seu estilo, sem se desfazer do ponto nevrálgico do time, o lado esquerdo.

"Não vim para apagar a imagem do Parreira. Ele tem méritos nesse time. Apenas achei que poderia acrescentar algo. Deu certo."

Aos poucos, substitui o jogo cadenciado implementado por Parreira por um estilo mais agressivo, com velocidade e passes longos.

Não à toa, o Corinthians se especializou no jogo aéreo, que se tornou sua arma mais letal. Dos 30 gols em 2003, nada menos que 13 (43%) foram em cabeçadas.

Sonho pessoal realizado, Geninho tem agora a missão de realizar o principal sonho corintiano: a Taça Libertadores.

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