18/06/2000 - 20h30

Depois do título, diretoria do São Paulo busca reformulação

da Folha de S. Paulo

Terminado o Paulista, a diretoria do São Paulo intensifica a partir desta semana as negociações para colocar em prática a reformulação do time, pedida pelo técnico Levir Culpi.

Desde que chegou ao clube, no início do ano, o treinador diz que o time tem um "desequilíbrio" em alguns setores.

As mudanças atingirão jogadores que não têm sido aproveitados, apesar de ganharem altos salários, como o meia Carlos Miguel, que só foi para o banco de reservas na final por causa da contusão de Souza.

Segundo Jorge Machado, procurador do meia, ele já recebeu propostas para se transferir. No São Paulo, ele recebe cerca de R$ 150 mil por mês. Os dirigentes também vão acertar os detalhes para a saída de jogadores que têm propostas de clubes europeus.

Edmílson deve ir para o Arsenal, da Inglaterra, por US$ 7 milhões. França também não continuará no clube. A Fiorentina, da Itália, é o time que está mais próximo de contratá-lo. O Paris Saint-Germain, da França é outra equipe interessada.

Parte do dinheiro arrecadado com a venda desses jogadores será usada para a contratação de reforços para a equipe. Além do substituto de Edmílson, mais um jogador para a zaga pode ser contratado.

Além das mudanças já programadas, a diretoria terá que administrar os casos de titulares que devem receber propostas de clubes brasileiros. Axel e Vágner estariam nos planos do Corinthians.

Outra preocupação da diretoria é definir o futuro do meia Raí, 35. O jogador, que pensou em se aposentar após o Paulista, só disputou a final graças à prorrogação de seu contrato.

Os dirigentes querem que o jogador fique, mas não aceitam continuar pagando R$ 418 mil por mês ao veterano.

A mudança em seu contrato também permitirá que Raí dispute a Copa do Brasil até o final da participação do São Paulo. O próximo rival do time no torneio é o Palmeiras.

Se não acertar a sua permanência, o meia deverá deixar o clube. O Fluminense já demonstrou interesse.

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