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02/07/2003 - 00h01

Santos desafia Boca Juniors e história para voltar ao céu

ALEC DUARTE
RODRIGO BUENO

da Folha de S.Paulo

O Santos tenta voltar nesta quarta ao topo do futebol internacional após 40 anos, mas, estatisticamente, sua missão é bastante difícil.

Para ganhar a Libertadores e disputar o Mundial interclubes, o time da Vila Belmiro precisa vencer o Boca Juniors por pelo menos três gols de diferença no tempo normal, pois perdeu em Buenos Aires por 2 a 0 no jogo de ida. Se vencer por "só" por dois gols de diferença, a decisão será nos pênaltis.

Desde que a Libertadores passou a adotar quatro fases de mata, em 1988, 42 vezes uma equipe saiu na frente com uma vitória por dois de diferença. Em apenas sete dessas oportunidades (16,6%), o perdedor do primeiro jogo conseguiu levar a melhor no confronto.

Durante mais de 25 anos, a Libertadores previa partidas de desempate quando cada time vencia um jogo no mata-mata, ignorando totalmente o saldo de gols.

Historicamente, uma derrota simples na partida de ida do mata-mata já costuma ser um grande complicador. Dos 164 quatro confrontos desse tipo na fase moderna da Libertadores, 117 (71,3%) foram vencidos pelo time que obteve vantagem no jogo de ida.

Só dois clubes brasileiros conseguiram ao longo dos tempos reverter uma situação como a do Santos hoje. Em 1993, o São Paulo perdeu de 2 a 0 do Newell´s Old Boys, na Argentina, nas oitavas-de-final. No Morumbi, fez 4 a 0.

Em 2000, o Palmeiras perdeu de 2 a 0 do Peñarol no Uruguai. Na volta, ganhou por 3 a 1 no tempo normal e por 3 a 2 nos pênaltis.

Nas finais modernas, só uma vez um time conseguiu o título após perder o jogo inicial por dois gols de diferença: o Nacional de Medellín devolveu em 1989 um 2 a 0 para o Olimpia e ficou com a taça apenas nas penalidades.

Em toda a história do torneio, aconteceram apenas quatro goleadas em partidas de finais. Após 1988, só uma: São Paulo 5 x 1 Universidad Católica, em 1993.

Como se não bastasse o simples fato de o jogo ser o mais importante da história do Santos nos últimos 40 anos, o desafio às estatísticas da Libertadores dão tom ainda mais épico para o vôo santista mais alto depois de Pelé.

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