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02/07/2003 - 08h41

Vaga de gandula na final de hoje chega a valer R$ 60

da Agência Folha, em Santos

Jogadores com idades entre 15 e 16 anos dos times infantil e juvenil do Santos disputaram entre si o privilégio de atuar como gandulas na partida de hoje.

Parte dos que ficaram de fora da escala para o jogo tentou "comprar" o direito dos colegas de trabalhar no Morumbi, segundo o gerente-geral da Vila Belmiro, Waldir Graner Gonçalves, 69.

Cada gandula receberá do clube R$ 30 pelo trabalho --em jogos "normais", ganham R$ 20. Segundo Gonçalves, os "premiados" receberam ofertas equivalentes ao dobro do valor para ceder o lugar.

"Tenho dificuldades para atender a tantas solicitações. Eles se batem entre eles para ser gandulas. Por isso, criei um rodízio", disse Gonçalves, ex-atleta das categorias de base do Santos e do time profissional do Jabaquara.

Em jogos nos quais é o mandante, mesmo fora da Vila Belmiro, o Santos costuma levar seis gandulas. Hoje, devido à vantagem do Boca e à necessidade de reposição rápida da bola em jogo, serão dez. São todos atletas que moram nos alojamentos da Vila ou em casas alugadas perto do estádio.

Os dez gandulas ficarão posicionados nas laterais do campo (três em cada uma) e atrás dos gols (dois em cada um). Estão orientados para não retardar a devolução da bola, não entregar nova bola antes que a que estiver em jogo ultrapasse a risca e não entrar no gramado sem autorização do juiz.

Gonçalves disse que, por retardar a devolução da bola, um dos gandulas foi expulso pelo juiz em confronto com o São Paulo, no Morumbi, após reclamação do goleiro Rogério. "Além de ajudar os ídolos deles, como Robinho e Elano, eles aprendem muito numa partida como essa, por poder sentir, de dentro do campo, o que é uma final de Libertadores."

No atual grupo de atletas do time principal do Santos, pelo menos um já foi gandula. Quando ainda integrava as categorias de base do Guarani, o meia Elano, 22, recuperava bolas no estádio Brinco de Ouro, em Campinas.

Muitas vezes, atuou em partidas dos juniores do Guarani, no qual Renato, 24 anos e atual companheiro de meio-campo, era um dos destaques. "Aprendi muito como gandula", afirmou Elano.

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