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03/07/2003 - 01h16

Comemoração invade ruas do centro de Buenos Aires

ELAINE COTTA
da Folha de S.Paulo, em Buenos Aires

"Dale, dale, dale oh oh oh, Boca, ohhh". O grito invadiu as ruas do centro de Buenos Aires e do bairro que dá nome ao Boca Juniors, onde fica o famoso La Bombonera, sede do clube, na Argentina.

Centenas de torcedores também se concentraram na praça do Obelisco, cartão postal de da cidade, para comemorar a conquista da Taça Libertadores, contra a Santos.

"Eu sou Boca sim senhor, cantemos com alegria. Mesmo sendo campeão, esse sentimento não termina", gritava o coro azul e amarelo que interditou o trecho da avenida Nove de Julio, a maior do mundo segundo os argentinos, onde fica o Obelisco.

Durante o jogo, um silêncio tomou conta das ruas. Apenas os bares e restaurantes que se prepararam para transmitir a partida em telões ou TVs tinham clientes. Na sede do Boca, um grupo de aproximadamente 300 pessoas se reuniu para assistir à final em um telão de 3 m2 instalado pela direção do clube.

A euforia dos "inchas" do Boca, como se diz em espanhol, só começou após Tevez abrir o placar contra o Santos no primeiro tempo da partida. A diretoria do clube, inclusive, não organizou festejos oficiais.

"Esse ano está tudo muito frio. Não houve preparativos especiais", afirmou um funcionário do Museu do Boca. "Vai ser difícil, ainda podemos perder", disse, poucas horas antes do início da partida.

A festa oficial, segundo a diretoria do Boca, será domingo à noite no estádio, com queima de fogos e homenagem aos jogadores. Na Argentina, ao contrário do Brasil, os ídolos da torcida não têm o hábito de passear em carros do corpo de bombeiros e interagir com a multidão.

O temor de uma virada do Santos no jogo de volta, no entanto, não conteve a animação dos torcedores. Segundo o clube, a ida para a final da Libertadores elevou em 20% a venda de produtos com a marca Boca Juniors, principalmente camisetas.

Maradona

Na quarta-feira, em um mistura de provocação racista e temor aos brasileiros, o ídolo argentino Maradona chegou a alertar o time do Boca Juniors, do qual é torcedor e maior ídolo. "O Boca ainda não é campeão. Não devemos acreditar que já temos a taça em casa, porque, se os negritos despertarem, nos ferramos", afirmou o ex-jogador argentino em entrevista a uma rádio local.

Maradona vive em Cuba há três anos, onde faz um tratamento de desintoxicação por drogas.

O ex-jogador chegou a afirmar que a disputa conta o Boca também seria difícil para o Santos, pois o time argentino chegava ao Brasil duplamente pressionado: por jogar fora de casa e pelo fato de o seu maior rival, o River Plate, ter conquistado o título nacional esta semana na Argentina. "O boca joga melhor quando é pressionado", disse Maradona.

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