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05/07/2003
-
10h14
A Comissão de Arbitragem da CBF desaprovou o sucesso do trio feminino que apitou Guarani e São Paulo na semana passada.
Por isso, a juíza Sílvia Regina Carvalho de Oliveira, e as auxiliares Ana Paula de Oliveira e Aline Lambert não participaram nem do sorteio que determinou as arbitragens das partidas da 16ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Segundo Armando Marques, presidente da comissão, a exposição que as três paulistas tiveram depois da partida foi "exagerada".
"Pedi às três que ficassem fora do sorteio, para aguardamos um pouco mais para repetir a escalação. Depois do jogo da semana passada, eles deram muita entrevista e apareceram demais na TV. Precisávamos baixar um pouco isso", disse o dirigente da CBF, responsável pelos sorteios de juízes, obrigatório segundo o Estatuto do Torcedor.
Marques, entretanto, disse que as três fizeram um "ótimo" trabalho, ao anularem dois gols dos donos da casa (assinalando impedimento, nos acréscimos do primeiro e do segundo tempo) e validarem o gol do são-paulino Fábio Simplício. O dirigente disse, inclusive, que vai emplacar outro trio feminino, comandado pela juíza goiana Sirley Cândida, na Série B do Brasileiro.
"A Sirley é a melhor juíza de Goiás. Melhor do que os homens", afirmou o presidente da Comissão de Arbitragem.
A decisão de Marques não causou embaraço para as paulistas.
Sílvia, 39, e Aline, 26, desconheciam que as suas aparições na TV tinham sido malvistas pelo dirigente. Acreditavam que a sua exclusão do sorteio tinha sido motivada por causa do rodízio de árbitros adotado pela CBF.
"Não é toda semana que nós vamos estar na telinha. Nem os árbitros Fifa apitam em todas as rodadas. Existe um rodízio. Não estou frustrada. Até conversei com o Armando Marques depois do jogo, e ele disse que tinha ficado satisfeito com a minha arbitragem", declarou Sílvia, que estreou no apito de um jogo da Série A do Brasileiro em Campinas.
Feliz com a "grande e boa" repercussão de seu trabalho, Aline afirmou não ter ficado frustrada por não participar das partidas dessa rodada. "Estou muita satisfeita porque fizemos um bom trabalho, o que foi reconhecido por todos. A repercussão e a mídia são passageiras. Daqui a pouco não vai ser mais tão interessante [três mulheres comandarem a arbitragem de um jogo de futebol]."
A auxiliar Ana Paula de Oliveira, 25, que atuou na decisão do Paulista deste ano e depois recebeu dois convites para posar para revistas masculinas, não respondeu aos recados da reportagem.
Especial
Campeonato Brasileiro
CBF pune trio feminino por cartaz
da Folha de S.PauloA Comissão de Arbitragem da CBF desaprovou o sucesso do trio feminino que apitou Guarani e São Paulo na semana passada.
Por isso, a juíza Sílvia Regina Carvalho de Oliveira, e as auxiliares Ana Paula de Oliveira e Aline Lambert não participaram nem do sorteio que determinou as arbitragens das partidas da 16ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Segundo Armando Marques, presidente da comissão, a exposição que as três paulistas tiveram depois da partida foi "exagerada".
"Pedi às três que ficassem fora do sorteio, para aguardamos um pouco mais para repetir a escalação. Depois do jogo da semana passada, eles deram muita entrevista e apareceram demais na TV. Precisávamos baixar um pouco isso", disse o dirigente da CBF, responsável pelos sorteios de juízes, obrigatório segundo o Estatuto do Torcedor.
Marques, entretanto, disse que as três fizeram um "ótimo" trabalho, ao anularem dois gols dos donos da casa (assinalando impedimento, nos acréscimos do primeiro e do segundo tempo) e validarem o gol do são-paulino Fábio Simplício. O dirigente disse, inclusive, que vai emplacar outro trio feminino, comandado pela juíza goiana Sirley Cândida, na Série B do Brasileiro.
"A Sirley é a melhor juíza de Goiás. Melhor do que os homens", afirmou o presidente da Comissão de Arbitragem.
A decisão de Marques não causou embaraço para as paulistas.
Sílvia, 39, e Aline, 26, desconheciam que as suas aparições na TV tinham sido malvistas pelo dirigente. Acreditavam que a sua exclusão do sorteio tinha sido motivada por causa do rodízio de árbitros adotado pela CBF.
"Não é toda semana que nós vamos estar na telinha. Nem os árbitros Fifa apitam em todas as rodadas. Existe um rodízio. Não estou frustrada. Até conversei com o Armando Marques depois do jogo, e ele disse que tinha ficado satisfeito com a minha arbitragem", declarou Sílvia, que estreou no apito de um jogo da Série A do Brasileiro em Campinas.
Feliz com a "grande e boa" repercussão de seu trabalho, Aline afirmou não ter ficado frustrada por não participar das partidas dessa rodada. "Estou muita satisfeita porque fizemos um bom trabalho, o que foi reconhecido por todos. A repercussão e a mídia são passageiras. Daqui a pouco não vai ser mais tão interessante [três mulheres comandarem a arbitragem de um jogo de futebol]."
A auxiliar Ana Paula de Oliveira, 25, que atuou na decisão do Paulista deste ano e depois recebeu dois convites para posar para revistas masculinas, não respondeu aos recados da reportagem.
Especial
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