Russo pretende ser o primeiro estrangeiro a ter time da NBA

Depois do futebol europeu, os polêmicos bilionários russos miram agora a NBA, a liga americana de basquete.

Mikhail Prokhorov, dono de um império metalúrgico e de uma fortuna de US$ 9,5 bilhões [a maior de seu país hoje, segundo a revista "Forbes"], anunciou ontem em seu blog que negocia o controle do New Jersey Nets, franquia hoje em baixa, mas que é um dos destinos prováveis do astro LeBron James em 2010, caso ele não renove com o Cleveland Cavaliers.

Prokhorov pagaria um valor simbólico pelo time --fala-se em US$ 1. Mas ficaria responsável pelo investimento de US$ 700 milhões [cerca de R$ 1,260 bilhão] que é tido com tábua de salvação para os Nets --a construção de uma arena no popular bairro do Brooklyn, na vizinha Nova York, que depois de anos de discussão foi aprovada pelas autoridades locais recentemente.

Caso feche o negócio, o russo, que é próximo do primeiro-ministro Vladimir Putin, seria o primeiro estrangeiro a ser o acionista principal de um time da NBA, possibilidade que ele mesmo destacou em seu blog ontem. E disse que isso só é possível pelo momento financeiro difícil por que passam os Estados Unidos.

"Nossa participação só é possível por causa da crise mundial", escreveu Prokhorov em seu blog.

Depois de chegar a um acordo com os atuais proprietários dos Nets, o russo terá de passar por um controle mais difícil do que o enfrentado por seus compatriotas no futebol inglês, como aconteceu com Roman Abramovich no Chelsea.

A NBA não veta que estrangeiros controlem franquias. Mas investiga o passado dos candidatos a dono, que ainda precisa receber a aprovação de pelo menos 75% dos 30 times que formam a liga, que começa na próxima semana a pré-temporada da edição 2009/10.