Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
26/07/2003 - 00h03

Sorteios de trios arbitragem na CBF criam os "reis do bingo"

da Folha de S.Paulo

Os mineiros Márcio Rezende de Freitas e Alício Pena Júnior e o brasiliense Luciano de Almeida são os "reis do bingo".

Os três são os recordistas nos sorteios promovidos pela Comissão Nacional de Arbitragem da CBF no Campeonato Brasileiro.

As bolinhas de Pena Júnior, de Almeida e de Freitas já caíram nove vezes nos 13 sorteios realizados por Armando Marques, presidente da comissão.

"Agora, o juiz tem que ter uma reza forte para exercer a profissão", afirmou Marques.

Desde o dia 22 de maio, o dirigente, que é contrário ao sistema, perdeu o poder de escalar diretamente os juízes para obedecer ao Estatuto do Torcedor.

A ascensão de Freitas é mais uma prova da perda de poder de Marques. Antes dos sorteios, o árbitro mineiro que representou o país na Copa do Mundo de 1998 só tinha sido escalado em duas das nove rodadas.

O gaúcho Carlos Eugênio Simon não tem a mesma sorte. Árbitro brasileiro na última Copa do Mundo, além de recordista de finais no Brasileiro, o gaúcho foi sorteado apenas seis vezes.

"Só posso dizer que a mãe de santo dele é ruim", disse Marques, em tom de ironia. No penúltimo bingo, Simon teve que participar de quatro sorteios naquele dia para a sua bolinha cair.

Antes do início da nova fórmula, ele era um dos preferidos de Marques. Até o início do sorteio, ocupava o segundo lugar no ranking de escalações.

Transparência

A obrigatoriedade do sorteio foi uma decisão do governo federal na tentativa de dar mais transparência ao trabalho dos árbitros.

A intenção é pôr fim à pressão dos dirigentes de clubes sobre os responsáveis por escalar os árbitros. "A idéia não foi minha, mas estou tendo que cumprir", disse Armando Marques, resignado com a perda do poder.

Especial
  • Campeonato Brasileiro
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página