Esportistas comentam escolha do Rio de Janeiro para Jogos-2016

A escolha do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos-2016 foi elogiada por atletas e ex-atletas do esporte brasileiro nesta sexta-feira, entre eles Guga, Gustavo Borges e Muricy Ramalho. O momento de ascensão econômica, esportiva e social do país, além das expectativas para o evento, são os principais assuntos comentados.

• Brasil assina o contrato para realização dos Jogos Olímpicos do Rio-2016
• Jogos-2016 encerram complexo de inferioridade do Brasil, diz Lula
• Atletas e moradores do Rio comemoram anúncio da cidade sede das Olimpíadas
• Congresso prepara comissão para fiscalizar gastos do governo com Jogos no Rio
• Obama classifica vitória do Rio-2016 como "acontecimento histórico"

Gustavo Kuerten, ex-tenista

"Foi fantástico. Há alguns anos essa possibilidade parecia inalcançável, mas acredito que o Brasil foi se capacitando até surgir essa nova oportunidade Acho que chegamos aqui [Copenhague] com tudo muito bem preparado, organizado e como consequência vamos poder desenvolver ainda mais o esporte no país".

Gustavo Borges, ex-nadador

"Fico muito feliz e entusiasmado com a escolha do Rio de Janeiro para sediar os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016. Eu que já fui participante de cinco Olimpíadas, dentre elas quatro como atleta e uma como comentarista. Sei bem da relevância de tal evento para a cidade sede e para o nosso país. Prometem-se mudanças benéficas para o Rio, que incluem a melhoria na rede de transportes, a despoluição e a revitalização de áreas degradadas. Sem falar na economia e na divulgação do acesso ao esporte, que mais do que nunca estará em primeiro plano, funcionando também e sobretudo como motivação aos jovens atletas brasileiros. Boa Sorte, Rio".

Muricy Ramalho, técnico do Palmeiras

"Percebemos que vai haver melhoras no país, como metrô, segurança, muitas coisas. Por outro lado, você fica preocupado com os gastos, sobre quem vai pagar as contas. Tem de haver uma investigação. (...) O Brasil está vivendo um momento bom, está sempre participando de grandes reuniões e está dando um exemplo para o mundo de como se recupera a economia. Vi a felicidade do presidente [Lula] e das outras pessoas que estavam participando [da eleição]. Mas a população não pode pagar mais e não precisa ter uma Olimpíada para melhorar as coisas. É obrigação do governo melhorar a saúde e a segurança, que estão horríveis".

Tiago Camilo, judoca

"O mais importante agora é fomentar o esporte no país, massificar o esporte, tornar o Brasil uma cultura muito maior não só no futebol, mas também nos outros esportes. Tendo maior apoio e maiores oportunidades para os atletas, os resultados virão".

Laís Souza, ginasta

"Espero que isso [crescimento] aconteça com o esporte. Não só a ginástica, mas o atletismo, basquete, todos mesmo. Estão precisando de um apoio maior. Acho que o atleta, quanto mais seguro se sente, mais resultado vai ter. A gente tem exemplos de países como EUA, China, a Rússia que investem muito no esporte, então eu acho que isso é importante".

Fabíola Molina, nadadora

"É uma sensação de conquista. A gente que está no esporte luta muito para ter melhores condições, conseguir melhores resultados. Sabemos que é uma conquista difícil, então quando a gente consegue disputar uma Olimpíada, o maior evento esportivo do mundo, a gente se sente realizado, feliz, cheio de expectativas do que vem pela frente. Isso [Jogos-2016] ser realizado no Brasil é um sonho duplo. Imagine você ser brasileiro, disputar uma olimpíada e, sendo no Brasil, é uma motivação ainda maior para o nosso país continuar crescendo, continuar desenvolvendo os projetos. Que a gente possa fazer muito bonito no Rio".