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18/08/2003 - 00h53

COB ameaça diminuir verba para o vôlei

da Folha de S.Paulo

O vôlei brasileiro nunca viveu um momento tão bom. A seleção masculina é campeã mundial, as categorias de base se mantém no pódio das principais competições e as duplas da praia monopolizam o topo do Circuito Mundial.
Nada disso, porém, vai assegurar a tranquilidade para o esporte nos próximo meses.

Por causa do fraco desempenho no Pan, a Confederação Brasileira de Vôlei pode ter seu percentual da verba arrecadada com a Lei Piva revisto a partir de setembro.

Segundo o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman, a modalidade ficou aquém das expectativas em Santo Domingo.

"Claro que o vôlei poderia ter realizado um Pan melhor. Eles serão avaliados por isso como os outros. Se julgarmos que é necessário diminuir os recursos, vamos fazer", disse Nuzman, que presidiu a CBV de 1975 a 1996.

O vôlei integra o grupo que recebe a maior porcentagem de recursos da lei --4%, ao lado de atletismo, basquete, desportos aquáticos e iatismo.

Em 2003, caso não ocorra alteração, deve receber cerca de R$ 1,9 milhão.

Nuzman explica que sua frustração não veio do vôlei masculino, que, favorito, amargou o bronze. "Essa equipe certamente vai brigar pelo ouro em Atenas. Mas, como qualquer grande time, tem seus dias ruins", explicou.

A seleção B feminina, formada por uma base juvenil, que ficou em quarto, também foi poupada. Mas Nuzman disse que o país deveria ter enviado o time principal.

O presidente do COB crê que o então treinador Marco Aurélio Mota poderia não ter priorizado o Grand Prix, principal torneio da temporada. O time acabou em sétimo, e Motta pediu demissão.

"Não sou eu quem decide isso. É um problema de política esportiva internacional. Nosso planejamento foi divulgado no começo da temporada", disse o técnico.

As críticas mais contundentes, porém, foram despendidas para o vôlei de praia. Segundo Nuzman, a dupla Adriana Behar/Shelda poderia ter desistido da etapa da Áustria do Circuito Mundial. Em seu lugar, foi Ana Richa/Larissa, que ficou com o bronze.

"O vôlei de praia não prestigiou o Pan, não sei como foi possível. Uma vitória renderia meia página ou até primeira página nos jornais. Depois não podem reclamar que estão sem patrocinador."

A dupla alegou que não poderia ficar fora da etapa austríaca porque ela vale mais pontos no ranking, que vai definir os representantes do Brasil em Atenas.

Behar e Shelda lembraram ainda que, junto com a CBV, pediram a mudança do início da competição do Pan (de 2 para 4 de agosto) para poderem jogar. Se isso ocorresse, abririam mão da etapa do Japão, que tem pontuação normal. Não foram atendidas.

"Queríamos ir ao Pan. Temos a consciência tranquila", disse Shedla por meio de sua assessoria.
 

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