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18/08/2003 - 00h01

Brasil fecha o Pan com saldo positivo e corre em busca de dinheiro

da Folha de S.Paulo

A 14ª edição do Pan-Americano, maior competição das Américas, acabou neste domingo na República Dominicana com um saldo altamente positivo para o Brasil, que abrigará o evento, no Rio, em 2007.

A meta traçada pelo Comitê Olímpico Brasileiro foi cumprida: superar as medalhas obtidas em Winnipeg-99 e manter a quarta colocação, atrás apenas das potências EUA, Cuba e Canadá.

Com 28 ouros (três a mais que em 1999) e 123 medalhas no total (22 a mais que em Winnipeg), o Brasil por pouco não superou os canadenses (29 ouros). A disputa perdurou até o último dia, no qual o Brasil teve no ciclismo a chance de atingir o primeiro lugar e empatar com o Canadá em ouros.

Não deu, contudo, e mesmo se o país ganhar o ouro do 4 x 100 m do atletismo, que os EUA podem perder por doping, não passará o Canadá, que tem mais pratas.

"O objetivo foi obtido. Ótimo", resumiu Carlos Arthur Nuzman, presidente do COB, que, para um melhor desempenho no futuro, julga ser preciso que o governo federal viabilize uma forma de injetar mais dinheiro no esporte.

O Pan deixou outras marcas para o Brasil: em 30 das 37 modalidades em que competiu, o país foi ao pódio --em Winnipeg, 25 esportes medalharam.

Algumas conquistaram o ouro pela primeira vez, como canoagem e patinação artística. Nos saltos ornamentais, o degrau mais alto não veio, mas pódios inéditos, sim.

O Pan também destacou alguns atletas, em especial Gustavo Borges, 30. Com quatro pódios (um ouro), o nadador fechou sua participação em Pans com 19 medalhas e segue como o mais vencedor atleta brasileiro no evento.

Cumprida a meta do COB para os Jogos de Santo Domingo, a disputa agora será nos bastidores.

Tendo como ponto de partida o desempenho das modalidades no Pan, o comitê irá alterar a porcentagem da verba da Lei Piva que cabe a cada confederação esportiva.

"Vamos ver as perspectivas para Atenas e analisar o que cada confederação fez com os recursos já recebidos para definir a nova divisão do bolo", disse Nuzman.

A porcentagem para cada confederação olímpica varia de 0,5% a 4%. As que mais recebem são as de atletismo, basquete, desportos aquáticos, vela e vôlei: ganharão R$ 1,4 milhão neste ano.

Ao analisar o desempenho no Pan, Nuzman elogiou ginástica, canoagem, desportos aquáticos e handebol e criticou vôlei e boxe.

Em setembro, a entidade divulgará a nova divisão do dinheiro da Lei Piva --2% dos recursos das loterias que vão para os esportes olímpicos e paraolímpicos, R$ 43 milhões em 2002. E a choradeira já começou. Judô, handebol e ginástica querem ganhar mais.

"Vamos analisar com calma e definir o melhor para o Brasil porque, para nós, a Olimpíada já começou", disse Marcus Vinícius Freire, chefe de missão do comitê.
 

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