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23/08/2003 - 00h00

Brasil tenta evitar vexame no Mundial de atletismo

da Folha de S.Paulo

Com a terceira menor delegação de sua história e sem contar com algumas estrelas, o Brasil inicia neste sábado a participação no Mundial de Paris com o desafio de evitar seu maior jejum de medalhas.

Desde a primeira edição do Mundial, em Helsinque-83, o Brasil nunca ficou duas edições seguidas sem ganhar medalha. Em Edmonton-01, o país não subiu ao pódio. As chances de isso voltar a acontecer em Paris são enormes.

Mesmo com a Confederação Brasileira de Atletismo tendo adotado critérios menos rigorosos para a convocação, o país não conseguiu classificar mais de 17 atletas para a competição. Há dois anos, 20 competidores viajaram para o Mundial canadense.

A principal ausência na delegação é a de Maurren Maggi, 27, bronze no salto em distância no Mundial indoor de Birmingham, em março, e dona das três melhores marcas do ano na prova.

Ela foi suspensa preventivamente pela Associação Internacional das Federações de Atletismo, a Iaaf, por ter testado positivo para o esteróide anabólico clostebol em junho, no Troféu Brasil.

Também não competem os dois últimos medalhistas do Brasil em Mundiais, os velocistas Sanderlei Parrela e Claudinei Quirino, que foram prata, respectivamente, nos 400 m e 200 m em Sevilha-99.

Quirino desistiu de viajar na semana passada, por causa de dores no calcanhar. Parrela nem obteve o índice para o Mundial.

"O Claudinei fará falta, mas vamos ter uma equipe forte do mesmo jeito", disse Jayme Netto, técnico do revezamento 4 x 100 m, em referência a um dos titulares da equipe. A vaga de Quirino será preenchida por Cláudio Roberto Souza ou Jarbas Mascarenhas.

Nessa prova reside a principal chance do país de conquistar uma medalha. Vicente Lenílson, Edson Luciano, André Domingos e Quirino possuem o quarto melhor tempo de 2003, 38s44, que foi registrado neste mês, no Pan-Americano de Santo Domingo.

Na bagagem, carregam ainda a prata olímpica obtida em Sydney-00. No último Mundial, no entanto, um erro na passagem do bastão eliminou o time da final.

Hudson de Souza, que ganhou dois ouros no Pan (1.500 m e 5.000 m), correrá só a prova de meio-fundo. E admite que as chances de pódio são remotas. "O Mundial será bem mais difícil (do que o Pan). Vou tentar ficar entre os oito primeiros", contou ele, que não foi à final em Edmonton-01.

Seis brasileiros competem neste sábado: Sérgio Galdino (marcha de 20 km), Elisângela Adriano (lançamento de disco), Jadel Gregório (salto triplo), Anderson Santos (400 m), Fabrício Romero (salto em altura) e Hudson (1.500 m). Com exceção da marcha, as demais provas são eliminatórias.

No salto triplo, Jadel irá enfrentar Jonathan Edwards, 37, campeão olímpico em Sydney e atual recordista mundial da prova. O britânico anunciou hoje que irá se aposentar após este Mundial.

Outra estrela da competição será o norte-americano Tim Montgomery, dono da melhor marca mundial dos 100 m. Sua mulher, Marion Jones, campeã dos 200 m em Edmonton, não viajou. Ela deu à luz em julho e está, até agora, afastada das competições.
 

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