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05/12/2003 - 00h21

Montadoras devem adquirir boa parte das ações da F-1

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da Folha de S.Paulo

O futuro da F-1 está garantido e muito provavelmente nas mãos das montadoras. A GPWC, empresa formada por BMW (Williams), DaimlerChrysler (McLaren), Fiat (Ferrari), Ford (Jaguar) e Renault, deve adquirir boa parte das ações da F-1 e desistir de organizar uma categoria própria.

Em comunicado divulgado na quinta-feira, Gerhard Gribkowsky, representante dos bancos que detêm 75% dos direitos comerciais da F-1, Juergen Hubbert, da GPWC, e Bernie Ecclestone, homem-forte da categoria, afirmam que fizeram progressos importantes para a manutenção do esporte.

"Estamos felizes em informar que entramos em um acordo sobre o futuro da F1", diz a nota assinada pelas três partes. "O que acertamos é o melhor para o interesse da categoria e de seus milhões de fãs no mundo."

Ainda segundo o comunicado, até o final do ano será publicado um memorando para esclarecer como será a nova estrutura. É dado como certo que as montadoras irão absorver as ações em poder dos bancos, estabelecendo uma nova divisão dos lucros e reduzindo, pelo menos em parte, o poder de Ecclestone sobre a F-1.

Para as instituições --Bayerische Landesbank, JP Morgan e Lehman Brothers--, o acordo seria um alívio. Com a quebra da Kirch, empresa alemã que adquirira de Ecclestone três quartos do bolo da categoria, herdaram ativos da ordem de US$ 1,6 bilhão. Boa parte disso viraria pó se a F-1 perdesse seus principais times -- "Terão 75% de nada se não entrarmos em acordo", ameaçara o presidente da Ferrari, Luca Montezemolo, em meados deste ano.

Resta saber o que teria sido oferecido em troca para Ecclestone, que tem um contrato de cem anos com a FIA, órgão máximo do automobilismo, para gerir a categoria. Até hoje, ele não abria mão de sua fatia nos lucros, superior à de todos as escuderias juntas.

A GPWC foi criada em 2001 justamente para reclamar uma nova distribuição do dinheiro movimentado na F-1. A criação do campeonato paralelo seria uma forma de forçar Ecclestone a liberar mais recursos para as equipes.

Sua primeira temporada seria apenas em 2008 por conta do Pacto de Concórdia, contrato de 1998, válido até 31 de dezembro de 2007, que rege todas as relações comerciais na F-1. É esse documento que estipula, por exemplo, quanto cada time recebe pelos direitos de TV, uma das causas de insatisfação das montadoras.

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