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05/12/2003 - 20h00

COI poderá vetar o atletismo dos EUA na Olimpíada de Atenas-2004

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ADALBERTO LEISTER FILHO
da Folha de S.Paulo

Insatisfeito com a postura da USATF, a federação de atletismo dos EUA, em casos de doping, o Comitê Olímpico Internacional resolveu tomar medidas mais duras contra a entidade.

O Comitê Executivo do COI, reunido nesta sexta-feira em Lausanne (Suíça), aprovou que a USATF poderá não ser credenciada a participar dos Jogos de Atenas-2004.

A iniciativa, se for posta em prática, impediria estrelas do atletismo, como Tim Montgomery, recordista mundial dos 100 m, e Marion Jones, primeira mulher a ganhar cinco medalhas em uma Olimpíada no atletismo, de estarem na Grécia no ano que vem.

"Essa é uma das medidas que podem ser tomadas (excluir os atletas americanos da Olimpíada). Esperamos que não seja necessário", afirmou, por telefone, Emmanuele Moreau, gerente de comunicações do COI.

O atletismo é um dos esportes que mais têm dado glórias aos EUA na história olímpica. Ao todo, o país já subiu 688 vezes ao pódio em competições da modalidade (297 ouros, 215 pratas e 176 bronzes). As provas do esporte-base da Olimpíada contribuíram com 32,7% do total de conquistas norte-americanas nos Jogos.

A rixa entre a USATF e o COI começou após denúncia de que a federação local havia liberado o velocista Jerome Young, 27, a competir em Sydney-2000 mesmo depois de ter sido flagrado em antidoping no ano anterior.

Na Austrália, Young integrou o time dos EUA que conquistou o ouro no revezamento 4 x 400 m. O caso foi investigado por uma comissão mista do COI com a Wada (Agência Mundial Antidoping).

Depois do relatório final, o comitê nomeou um grupo de trabalho para estudar uma punição. Segundo o COI, a federação dos EUA foi omissa no fornecimento de documentação sobre o caso.

A USATF alega que o problema já havia vindo à tona em 2001, quando a Iaaf, entidade que comanda o atletismo, requisitou os papéis sobre o doping de Young.

A federação dos EUA se recusou a fornecê-los, alegando que o problema fora encerrado com a absolvição do atleta. A disputa chegou à Corte de Arbitragem do Esporte, última instância para julgamentos desse tipo. O tribunal deu parecer favorável aos americanos.

O próximo round da batalha entre USATF e COI acontecerá na próxima reunião do Comitê Executivo, daqui a dois meses, em Atenas. Até lá, a entidade também pediu mais documentos ao Comitê Olímpico dos EUA sobre outros possíveis casos encobertos ocorridos nas décadas de 80 e 90.
 

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