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20/12/2003
-
08h30
ADALBERTO LEISTER FILHO
da Folha de S.Paulo
Mais tradicional prova de rua do país, a São Silvestre será o primeiro evento esportivo do Brasil com teste antidoping para o THG. O evento, disputado no dia 31, terá sua 79ª edição neste ano.
"Vamos fazer os exames para seguir as normas internacionais", conta Eduardo de Rose, responsável pelo antidoping da São Silvestre, referindo-se às regras da Wada (Agência Mundial Antidoping), que já colocou a droga na lista das substâncias proibidas.
O novo esteróide anabólico teve sua descoberta anunciada oficialmente há dois meses pela Usada (Agência Antidoping dos EUA).
Os exames da São Silvestre serão feitos pelo Ladetec, laboratório do Rio que é credenciado pelo Comitê Olímpico Internacional.
No entanto, o instituto de pesquisa carioca não conta com tecnologia capaz de detectar o THG e a EPO (eritropoietina), substância que estimula a produção de glóbulos vermelhos, ajudando a melhorar a oxigenação sanguínea.
Por isso, as amostras coletadas também serão enviadas ao laboratório de Paris, um dos poucos no mundo que estão habilitados para realizar esses exames. "O processo todo deve demorar três semanas", disse De Rose.
Dez atletas passarão por controles na prova de São Paulo. "Nossa intenção é testar os cinco primeiros colocados do masculino e do feminino", conta o médico.
Há dois anos, a corrida paulistana também inovou ao se tornar a primeira prova oficial do país a fazer controle para EPO, droga largamente disseminada no ciclismo. A substância também é utilizada por competidores que participam de provas de resistência, como é o caso da São Silvestre.
Para o THG, porém, a expectativa é que de não haja nenhum caso positivo em São Paulo. "O uso dessa substância, pelos casos conhecidos até aqui, foi muito restrito aos atletas que treinavam na Califórnia. Além disso, os esteróides anabólicos são mais utilizados por atletas que disputam provas de velocidade", aponta De Rose.
Anunciada com estardalhaço em outubro, a descoberta do THG ainda não rendeu muitos casos positivos. Até agora, o atletismo teve só quatro competidores flagrados para a droga: o inglês Dwain Chambers (100 m) e os norte-americanos Kevin Toth (arremesso de peso), John McEwen (lançamento de martelo) e Regina Jacobs (1.500 m).
Efeito
O THG, esteróide anabólico semelhante à gestrinona, droga já conhecida, reduz a fadiga e aumenta a força muscular. Como efeito colateral, pode levar à esterilidade no homem e ao desenvolvimento de características masculinas na mulher.
São Silvestre é primeira prova no Brasil com antidoping para THG
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da Folha de S.Paulo
Mais tradicional prova de rua do país, a São Silvestre será o primeiro evento esportivo do Brasil com teste antidoping para o THG. O evento, disputado no dia 31, terá sua 79ª edição neste ano.
"Vamos fazer os exames para seguir as normas internacionais", conta Eduardo de Rose, responsável pelo antidoping da São Silvestre, referindo-se às regras da Wada (Agência Mundial Antidoping), que já colocou a droga na lista das substâncias proibidas.
O novo esteróide anabólico teve sua descoberta anunciada oficialmente há dois meses pela Usada (Agência Antidoping dos EUA).
Os exames da São Silvestre serão feitos pelo Ladetec, laboratório do Rio que é credenciado pelo Comitê Olímpico Internacional.
No entanto, o instituto de pesquisa carioca não conta com tecnologia capaz de detectar o THG e a EPO (eritropoietina), substância que estimula a produção de glóbulos vermelhos, ajudando a melhorar a oxigenação sanguínea.
Por isso, as amostras coletadas também serão enviadas ao laboratório de Paris, um dos poucos no mundo que estão habilitados para realizar esses exames. "O processo todo deve demorar três semanas", disse De Rose.
Dez atletas passarão por controles na prova de São Paulo. "Nossa intenção é testar os cinco primeiros colocados do masculino e do feminino", conta o médico.
Há dois anos, a corrida paulistana também inovou ao se tornar a primeira prova oficial do país a fazer controle para EPO, droga largamente disseminada no ciclismo. A substância também é utilizada por competidores que participam de provas de resistência, como é o caso da São Silvestre.
Para o THG, porém, a expectativa é que de não haja nenhum caso positivo em São Paulo. "O uso dessa substância, pelos casos conhecidos até aqui, foi muito restrito aos atletas que treinavam na Califórnia. Além disso, os esteróides anabólicos são mais utilizados por atletas que disputam provas de velocidade", aponta De Rose.
Anunciada com estardalhaço em outubro, a descoberta do THG ainda não rendeu muitos casos positivos. Até agora, o atletismo teve só quatro competidores flagrados para a droga: o inglês Dwain Chambers (100 m) e os norte-americanos Kevin Toth (arremesso de peso), John McEwen (lançamento de martelo) e Regina Jacobs (1.500 m).
Efeito
O THG, esteróide anabólico semelhante à gestrinona, droga já conhecida, reduz a fadiga e aumenta a força muscular. Como efeito colateral, pode levar à esterilidade no homem e ao desenvolvimento de características masculinas na mulher.
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