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25/12/2003
-
09h15
MARIANA LAJOLO
da Folha de S.Paulo
Metade da badalada seleção do técnico Bernardinho e os principais astros mundiais disputam o Campeonato Italiano de vôlei.
Mas é um atacante brasileiro que passou duas temporadas "escondido" na segunda divisão da Itália quem está roubando a cena.
Joel Monteiro é dono do melhor saque e tem a segunda maior pontuação da competição.
O sucesso no mais importante campeonato do mundo coroa o fim do período de ostracismo que o oposto enfrentou depois dos Jogos de Sydney, em 2000.
Herói da classificação à Olimpíada, o atacante foi cortado pelo então técnico Radamés Lattari e não viajou à Austrália. Após um ano, migrou para a Itália.
"Foi uma fuga. Eu não tinha mais clima. Eu perdi propostas do exterior e ficava no Brasil, mesmo sem compensar financeiramente, achando que um dia teria chance na seleção. Não ir à Olimpíada foi uma desilusão muito grande", afirmou o oposto de 29 anos.
"É bom ser parado na rua, ter fama, mas eu mesmo queria ser reconhecido como um bom jogador de vôlei. Por isso encarei a Série A-2 da Itália", completou.
Joel é destaque do Italiano em um dos fundamentos mais irregulares da seleção atual. Ele já anotou 37 aces em 13 partidas.
Na lista de pontuadores, soma 271 pontos e só perde para o búlgaro Venceslav Simeonov, com 282. O sérvio-montenegrino Ivan Miljikovic, considerado o melhor atacante do mundo, ocupa a quarta colocação, com 244.
"Está sendo mais fácil jogar na primeira divisão do que eu imaginava. Na Série A-2, eu carregava o piano do time. Os rivais sempre pensavam em marcar o jogo do Joel quando iam enfrentar minha equipe. Agora, a responsabilidade é mais diluída, existem outros jogadores a serem marcados."
Graças à atuação do oposto e do levantador Maurício, o fraco Montichiari já chegou a liderar o Italiano. Hoje, está em décimo.
"Nosso time tem muita gente nova. Demos um salto de qualidade com o Maurício, que transforma qualquer equipe medíocre em competitiva, e, modéstia a parte, comigo. Ninguém imaginava que eu jogaria como estou jogando. Até eu me surpreendi."
Joel deixou o Brasil em 2001. Por opção própria, não renovou contrato com o Banespa. No ano anterior, havia ajudado o time a conquistar o Paulista após nove anos.
Apesar do sucesso na Itália, Joel não faz mais planos para a seleção. Segundo ele, seria muito difícil entrar no ´grupo fechado" que Bernardinho tem nas mãos.
"Se o que eu faço aqui me levar à seleção, ótimo. Se não, ótimo também", afirmou o oposto, que pretende encerrar a carreira na Itália, onde mora com a mulher, Kátia, e o filho, Matheus, daqui a uns seis ou sete anos.
Sua adaptação ao país europeu foi tão boa que Joel até se confunde ao falar português. Ao Montichiari, refere-se como ´squadra", equipe em italiano.
Ex-herói brasileiro ofusca astros do vôlei na Itália
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da Folha de S.Paulo
Metade da badalada seleção do técnico Bernardinho e os principais astros mundiais disputam o Campeonato Italiano de vôlei.
Mas é um atacante brasileiro que passou duas temporadas "escondido" na segunda divisão da Itália quem está roubando a cena.
Joel Monteiro é dono do melhor saque e tem a segunda maior pontuação da competição.
O sucesso no mais importante campeonato do mundo coroa o fim do período de ostracismo que o oposto enfrentou depois dos Jogos de Sydney, em 2000.
Herói da classificação à Olimpíada, o atacante foi cortado pelo então técnico Radamés Lattari e não viajou à Austrália. Após um ano, migrou para a Itália.
"Foi uma fuga. Eu não tinha mais clima. Eu perdi propostas do exterior e ficava no Brasil, mesmo sem compensar financeiramente, achando que um dia teria chance na seleção. Não ir à Olimpíada foi uma desilusão muito grande", afirmou o oposto de 29 anos.
"É bom ser parado na rua, ter fama, mas eu mesmo queria ser reconhecido como um bom jogador de vôlei. Por isso encarei a Série A-2 da Itália", completou.
Joel é destaque do Italiano em um dos fundamentos mais irregulares da seleção atual. Ele já anotou 37 aces em 13 partidas.
Na lista de pontuadores, soma 271 pontos e só perde para o búlgaro Venceslav Simeonov, com 282. O sérvio-montenegrino Ivan Miljikovic, considerado o melhor atacante do mundo, ocupa a quarta colocação, com 244.
"Está sendo mais fácil jogar na primeira divisão do que eu imaginava. Na Série A-2, eu carregava o piano do time. Os rivais sempre pensavam em marcar o jogo do Joel quando iam enfrentar minha equipe. Agora, a responsabilidade é mais diluída, existem outros jogadores a serem marcados."
Graças à atuação do oposto e do levantador Maurício, o fraco Montichiari já chegou a liderar o Italiano. Hoje, está em décimo.
"Nosso time tem muita gente nova. Demos um salto de qualidade com o Maurício, que transforma qualquer equipe medíocre em competitiva, e, modéstia a parte, comigo. Ninguém imaginava que eu jogaria como estou jogando. Até eu me surpreendi."
Joel deixou o Brasil em 2001. Por opção própria, não renovou contrato com o Banespa. No ano anterior, havia ajudado o time a conquistar o Paulista após nove anos.
Apesar do sucesso na Itália, Joel não faz mais planos para a seleção. Segundo ele, seria muito difícil entrar no ´grupo fechado" que Bernardinho tem nas mãos.
"Se o que eu faço aqui me levar à seleção, ótimo. Se não, ótimo também", afirmou o oposto, que pretende encerrar a carreira na Itália, onde mora com a mulher, Kátia, e o filho, Matheus, daqui a uns seis ou sete anos.
Sua adaptação ao país europeu foi tão boa que Joel até se confunde ao falar português. Ao Montichiari, refere-se como ´squadra", equipe em italiano.
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