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05/05/2004
-
09h00
da Folha de S.Paulo
Um torcedor de 16 anos morreu na madrugada de terça-feira após ter sofrido um traumatismo craniano numa briga entre corintianos e palmeirenses antes do clássico de domingo. O confronto aconteceu perto da estação Barra Funda (zona oeste) do metrô.
O garoto, que se dirigia ao jogo, foi atendido no Pronto-Socorro da Barra Funda e liberado. Na segunda-feira, sentiu-se mal e foi internado em estado crítico no Hospital Santa Cecília. Cerca de seis horas depois, ele morreu durante uma cirurgia para a retirada de um coágulo do cérebro.
Segundo Maria Elza Souza Rosário, 40, amiga da família do torcedor, os parentes estudam entrar na Justiça contra o médico que liberou o garoto no domingo.
A diretora do Pronto-Socorro da Barra Funda, Castálide Lopes, 42, afirma que o adolescente teve alta depois de avaliação neurológica detalhada. "O traumatismo pode levar dias para se manifestar", diz, sem revelar o nome do médico.
O promotor público Fernando Capez afirma que começou a investigar o caso. "Queremos saber o motivo para as duas torcidas estarem lá e para existirem poucos policiais no local", declarou.
"Estávamos no local da briga, mas temos muitos lugares para tomar conta", relatou o coronel da PM Marcos Marinho.
Capez quer investigar também se houve a participação de diretores das organizadas Mancha Alviverde e Gaviões da Fiel na briga. Torcedores com camisas das duas uniformizadas aparecem em imagens gravadas pela TV Record num tumulto que seria o mesmo em que o corintiano foi agredido.
Segundo ele, as torcidas assinaram acordo se comprometendo a expulsar sócios que briguem.
Pelo Estatuto do Torcedor, os organizadores do Brasileiro e o clube mandante, no caso o Corinthians, têm a "obrigação de implementar planos de ação referentes a segurança e transporte".
"É uma situação nova. Temos que estudar melhor o caso antes de afirmar que os organizadores são responsáveis por algo que aconteceu fora do estádio no dia da partida", analisou Capez.
O estatuto determina que os clubes se responsabilizem por prejuízos dos torcedores e por falhas na segurança no estádio.
A morte do corintiano vai causar um retrocesso na volta das organizadas aos estádios. Por entregar seus cadastros às autoridades, a Mancha havia sido liberada para entrar com faixas e camisas, mas a permissão será suspensa, segundo Capez. A Gaviões conseguiu esse direito graças a uma liminar.
A Folha telefonou nesta terça-feira das 16h às 20h20 para os celulares dos presidentes da Gaviões da Fiel, Ronaldo Pinto, e da Mancha Alviverde, Jânio Carvalho Santos, mas não obteve resposta.
Morte de torcedor prejudica volta das organizadas aos estádios
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Um torcedor de 16 anos morreu na madrugada de terça-feira após ter sofrido um traumatismo craniano numa briga entre corintianos e palmeirenses antes do clássico de domingo. O confronto aconteceu perto da estação Barra Funda (zona oeste) do metrô.
O garoto, que se dirigia ao jogo, foi atendido no Pronto-Socorro da Barra Funda e liberado. Na segunda-feira, sentiu-se mal e foi internado em estado crítico no Hospital Santa Cecília. Cerca de seis horas depois, ele morreu durante uma cirurgia para a retirada de um coágulo do cérebro.
Segundo Maria Elza Souza Rosário, 40, amiga da família do torcedor, os parentes estudam entrar na Justiça contra o médico que liberou o garoto no domingo.
A diretora do Pronto-Socorro da Barra Funda, Castálide Lopes, 42, afirma que o adolescente teve alta depois de avaliação neurológica detalhada. "O traumatismo pode levar dias para se manifestar", diz, sem revelar o nome do médico.
O promotor público Fernando Capez afirma que começou a investigar o caso. "Queremos saber o motivo para as duas torcidas estarem lá e para existirem poucos policiais no local", declarou.
"Estávamos no local da briga, mas temos muitos lugares para tomar conta", relatou o coronel da PM Marcos Marinho.
Capez quer investigar também se houve a participação de diretores das organizadas Mancha Alviverde e Gaviões da Fiel na briga. Torcedores com camisas das duas uniformizadas aparecem em imagens gravadas pela TV Record num tumulto que seria o mesmo em que o corintiano foi agredido.
Segundo ele, as torcidas assinaram acordo se comprometendo a expulsar sócios que briguem.
Pelo Estatuto do Torcedor, os organizadores do Brasileiro e o clube mandante, no caso o Corinthians, têm a "obrigação de implementar planos de ação referentes a segurança e transporte".
"É uma situação nova. Temos que estudar melhor o caso antes de afirmar que os organizadores são responsáveis por algo que aconteceu fora do estádio no dia da partida", analisou Capez.
O estatuto determina que os clubes se responsabilizem por prejuízos dos torcedores e por falhas na segurança no estádio.
A morte do corintiano vai causar um retrocesso na volta das organizadas aos estádios. Por entregar seus cadastros às autoridades, a Mancha havia sido liberada para entrar com faixas e camisas, mas a permissão será suspensa, segundo Capez. A Gaviões conseguiu esse direito graças a uma liminar.
A Folha telefonou nesta terça-feira das 16h às 20h20 para os celulares dos presidentes da Gaviões da Fiel, Ronaldo Pinto, e da Mancha Alviverde, Jânio Carvalho Santos, mas não obteve resposta.
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