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05/06/2004 - 00h15

Roland Garros consagra Argentina e Rússia

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da Folha de S.Paulo

Duas escolas de características distintas alcançaram feitos inéditos em Roland Garros-2004.

A Rússia vê neste sábado, às 10h, quem será sua primeira campeã de um torneio de Grand Slam: Elena Dementieva ou Anastasia Myskina.

A Argentina obteve a mesma façanha na chave masculina e domingo assiste à final entre Gastón Gaudio e Guillermo Coria.

É a primeira vez que os dois países colocam dois representantes na decisão de um Grand Slam.

E o sucesso dessas nações não se limita a uma das chaves.

As mulheres são as protagonistas do tênis russo no momento, mas os homens alcançaram marcas mais significativas. Marat Safin, 24, por exemplo, chegou ao topo do ranking e foi campeão do Aberto dos EUA em 2000.

Pela Argentina, apesar de ser especialista em duplas, Paola Suárez, 27, somente foi eliminada em simples nas semifinais em Paris.

Para monopolizar a disputa dos títulos, Rússia e Argentina apostaram em estratégias diferentes para desenvolver o tênis.

Na Rússia, que viveu muitas transformações recentemente, vários tenistas preferiram partir para treinar no exterior.

Foi o caso de Safin, que, mesmo sendo filho do diretor de um clube de tênis em Moscou, optou por se mudar para Valencia (ESP), onde passou grande parte da adolescência, dos 13 aos 19 anos.

Anna Kournikova, que já foi o maior nome do tênis russo feminino, mais por causa de sua beleza do que pelos feitos em quadra, também treinou no exterior: freqüentou a renomada academia de Nick Bollettieri na Flórida (EUA).

Nome da nova geração russa, Maria Sharapova, 17, quadrifinalista em Paris, também começou a treinar nos EUA, aos nove anos.

"Não sei se estaria no mesmo nível se tivesse continuado na Rússia, mas foi bom treinar nos EUA", disse Sharapova em entrevista à Folha no ano passado.

Dementieva e Myskina são exceções e, por enquanto, fazem seus treinos em Moscou.

Já os argentinos apostaram no modelo europeu, principalmente Espanha, e criaram um centro de treinamento em Buenos Aires.

"Nos inspiramos nos métodos dos espanhóis, mas ainda temos longo caminho a seguir", disse Eduardo Infantino, técnico de David Nalbandián, um dos três semifinalistas argentinos. O país ainda investiu em recursos humanos. "Quando os técnicos argentinos voltam de cursos no exterior, trazem grande bagagem e fazem bom uso", declarou Infantino.

Apesar dos bons resultados, os argentinos viveram um princípio de crise no mês passado. Os principais jogadores ameaçaram boicotar a Copa Davis se o capitão Gustavo Luza não deixasse o cargo, o que acabou acontecendo.

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