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26/07/2004
-
09h00
FERNANDO MELLO
da Folha de S.Paulo, em Lima
A preleção de Zagallo foi premonitória. O coordenador avisou que os brasileiros seriam vítimas de racismo em campo, por causa da recente vitória de 3 a 1 sobre a Argentina nas eliminatórias. E que o time teria que responder com gols para que o respeito à ""amarelinha" prevalecesse.
No fim do jogo, depois de xingamentos e troca de agressões, os novos campeões da América se sentiram vingados do que consideraram desrespeito dos rivais.
"Eles quiseram fazer gracinha, pisar na bola, dançar. Não se brinca com o futebol brasileiro. Não se brinca com o país pentacampeão mundial", declarou o técnico Carlos Alberto Parreira.
Quando fizeram 2 a 1, aos 41min, Tevez e D'Alessandro ensaiaram dribles na ponta esquerda, irritando a defesa brasileira, que se viu forçada a fazer faltas. No final do jogo, a polícia foi chamada para conter o início de uma briga entre as duas equipes.
Depois, ao ver os rivais enfileirados para receber a medalha de prata --com a maioria deles, como o técnico Marcelo Bielsa, tirando o prêmio do pescoço ao descer do palco--, Parreira disse, segundo a TV Globo, que aquela cena "não tinha preço".
Mais a seu estilo, que mescla patriotismo, superstição e fé, Zagallo repetiu seu bordão. ""Brasil campeão" tem 13 letras, e "Argentina vice" também", gritou nos microfones, em referência ao seu eterno número da sorte.
Já no hotel da seleção, o coordenador fez graça diante dos repórteres ao dar entrevista em espanhol. "É uma homenagem aos vice-campeões", ironizou.
"Falei para os atletas que eles seriam chamados de "macaquitos", e realmente foram. Por isso é tão bom ganhar deles. Não há nada como derrotar a Argentina."
Nos dias que antecederam a final, Parreira abandonou a diplomacia, sua marca. "Quando os vejo dizendo que são os melhores, eu dou gargalhadas. Acho que é melhor nem entrar em campo, eles já são campeões."
A equipe de Bielsa carregava nas costas o peso de ter entrado na Copa América com sua equipe principal, enquanto o Brasil poupou jogadores que estavam de férias do futebol europeu, como Ronaldo, Cafu e Ronaldinho.
Além disso, o técnico argentino, bastante criticado pela torcida e pela imprensa de seu país desde a eliminação na primeira fase da Copa-2002, via no título uma chance de obter maior estabilidade no comando da equipe.
Enquanto celebrava a conquista, Edu engrossava o coro de Parreira contra os rivais. "Eles ficaram fazendo brincadeira, passando o pé em cima da bola, mas o jogo ainda não tinha acabado. Quando empatamos, eu falei para eles continuarem brincando."
Para Alex, o jogo mostrou que os rivais estão engasgados. "Xingamento, racismo e um jogo duro são marcas de Brasil x Argentina. Eles usam isso para nos tirar do sério."
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Seleção festeja "zebra" com desabafo e grito de vingança
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da Folha de S.Paulo, em Lima
A preleção de Zagallo foi premonitória. O coordenador avisou que os brasileiros seriam vítimas de racismo em campo, por causa da recente vitória de 3 a 1 sobre a Argentina nas eliminatórias. E que o time teria que responder com gols para que o respeito à ""amarelinha" prevalecesse.
No fim do jogo, depois de xingamentos e troca de agressões, os novos campeões da América se sentiram vingados do que consideraram desrespeito dos rivais.
"Eles quiseram fazer gracinha, pisar na bola, dançar. Não se brinca com o futebol brasileiro. Não se brinca com o país pentacampeão mundial", declarou o técnico Carlos Alberto Parreira.
Quando fizeram 2 a 1, aos 41min, Tevez e D'Alessandro ensaiaram dribles na ponta esquerda, irritando a defesa brasileira, que se viu forçada a fazer faltas. No final do jogo, a polícia foi chamada para conter o início de uma briga entre as duas equipes.
Depois, ao ver os rivais enfileirados para receber a medalha de prata --com a maioria deles, como o técnico Marcelo Bielsa, tirando o prêmio do pescoço ao descer do palco--, Parreira disse, segundo a TV Globo, que aquela cena "não tinha preço".
Mais a seu estilo, que mescla patriotismo, superstição e fé, Zagallo repetiu seu bordão. ""Brasil campeão" tem 13 letras, e "Argentina vice" também", gritou nos microfones, em referência ao seu eterno número da sorte.
Já no hotel da seleção, o coordenador fez graça diante dos repórteres ao dar entrevista em espanhol. "É uma homenagem aos vice-campeões", ironizou.
"Falei para os atletas que eles seriam chamados de "macaquitos", e realmente foram. Por isso é tão bom ganhar deles. Não há nada como derrotar a Argentina."
Nos dias que antecederam a final, Parreira abandonou a diplomacia, sua marca. "Quando os vejo dizendo que são os melhores, eu dou gargalhadas. Acho que é melhor nem entrar em campo, eles já são campeões."
A equipe de Bielsa carregava nas costas o peso de ter entrado na Copa América com sua equipe principal, enquanto o Brasil poupou jogadores que estavam de férias do futebol europeu, como Ronaldo, Cafu e Ronaldinho.
Além disso, o técnico argentino, bastante criticado pela torcida e pela imprensa de seu país desde a eliminação na primeira fase da Copa-2002, via no título uma chance de obter maior estabilidade no comando da equipe.
Enquanto celebrava a conquista, Edu engrossava o coro de Parreira contra os rivais. "Eles ficaram fazendo brincadeira, passando o pé em cima da bola, mas o jogo ainda não tinha acabado. Quando empatamos, eu falei para eles continuarem brincando."
Para Alex, o jogo mostrou que os rivais estão engasgados. "Xingamento, racismo e um jogo duro são marcas de Brasil x Argentina. Eles usam isso para nos tirar do sério."
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