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27/07/2004
-
00h20
RODRIGO BUENO
da Folha de S.Paulo
"Pênalti é competência."
A frase dita pelo técnico Carlos Alberto Parreira depois de eliminar o Uruguai na semifinal da Copa América e antes de conquistar o título continental diante da Argentina no domingo explicita bem a nova forma como o Brasil encara as disputas de pênaltis.
Pela primeira vez na história, a seleção brasileira ergueu um troféu tendo superado duas decisões por penalidades máximas. Mais que isso, os jogadores do país acertaram todas as suas cobranças. Nos 5 a 3 no Uruguai na semifinal e nos 4 a 2 na Argentina na final, o time brasileiro teve aproveitamento de 100% nos pênaltis.
A última vez que um jogador da seleção brasileira principal perdeu um pênalti foi na decisão da Copa América de 1995 --Túlio falhou na final contra o Uruguai em Montevidéu. Desde então, foram 14 cobranças certas do Brasil --uma de Dunga ainda em 1995, quatro contra a Holanda em 1998 e nove na última Copa América.
"Pênalti é qualidade. Batemos exatamente do jeito que treinamos", disse o capitão da seleção no torneio peruano, o meia Alex.
Ele converteu a última cobrança contra o Uruguai na semifinal, mas ficou de fora da disputa com a Argentina por ter sentido uma contusão. Luisão, que também acertara pênalti contra os uruguaios, foi outro que não pôde bater a penalidade máxima na final.
Apenas o atacante Adriano teve que bater nas duas disputas de pênaltis da Copa América deste ano, o que mostra a variedade de cobradores do país --além dele, converteram no torneio continental Luisão, Luis Fabiano, Renato, Alex, Edu, Diego e Juan.
Zagueiros, volantes, meias e atacantes marcaram. Só faltou gol de goleiro --Rogério Ceni é o goleiro do país mais acostumado a bater.
Desde a era Taffarel na seleção brasileira, o Brasil tem desfrutado de uma "escola de pegadores de pênaltis". O flamenguista Júlio César defendeu uma cobrança na semifinal e outra na decisão.
Porém Dida, do Milan, e Marcos, do Palmeiras, que disputam nos últimos anos a camisa 1, já se consagraram anteriormente pegando penalidades.
"Sabia que pelo menos um pênalti eu iria pegar. O bom é que foi logo o primeiro, o que deu tranqüilidade para o resto do pessoal", disse Júlio César, que afirma ter defendido pelo menos um pênalti em oito das nove últimas disputas de penalidades máximas em que esteve envolvido.
A seleção brasileira principal já foi a oito disputas de pênaltis em torneios de grande expressão em sua história. Nas cinco primeiras disputas, levou a pior três vezes, o que ajudou a disseminar no país a idéia de que "pênalti é loteria".
O tetracampeonato mundial foi conquistado nos pênaltis, mas naquela época Parreira não tratava publicamente as penalidades máximas como "questão de competência" --na final contra a Itália, Márcio Santos desperdiçou sua cobrança, e Bebeto, que seria o quinto a bater, não precisou ser acionado, pois os italianos foram ineficientes demais na decisão.
Em 1986, o Brasil perdeu de forma dramática sua primeira disputa de pênaltis. Caiu diante da França nas quartas-de-final por 4 a 3, e até bola que bateu na trave e depois no goleiro Carlos entrou.
Começava um certo trauma com os pênaltis, algo que a Argentina não tinha --avançou à final da Copa de 1990 vencendo duas nas penalidades e tirou o Brasil da Copa América de 1993 assim. Hoje, o trauma virou competência.
Especial
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Brasil demonstra competência nos pênaltis
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da Folha de S.Paulo
"Pênalti é competência."
A frase dita pelo técnico Carlos Alberto Parreira depois de eliminar o Uruguai na semifinal da Copa América e antes de conquistar o título continental diante da Argentina no domingo explicita bem a nova forma como o Brasil encara as disputas de pênaltis.
Pela primeira vez na história, a seleção brasileira ergueu um troféu tendo superado duas decisões por penalidades máximas. Mais que isso, os jogadores do país acertaram todas as suas cobranças. Nos 5 a 3 no Uruguai na semifinal e nos 4 a 2 na Argentina na final, o time brasileiro teve aproveitamento de 100% nos pênaltis.
A última vez que um jogador da seleção brasileira principal perdeu um pênalti foi na decisão da Copa América de 1995 --Túlio falhou na final contra o Uruguai em Montevidéu. Desde então, foram 14 cobranças certas do Brasil --uma de Dunga ainda em 1995, quatro contra a Holanda em 1998 e nove na última Copa América.
"Pênalti é qualidade. Batemos exatamente do jeito que treinamos", disse o capitão da seleção no torneio peruano, o meia Alex.
Ele converteu a última cobrança contra o Uruguai na semifinal, mas ficou de fora da disputa com a Argentina por ter sentido uma contusão. Luisão, que também acertara pênalti contra os uruguaios, foi outro que não pôde bater a penalidade máxima na final.
Apenas o atacante Adriano teve que bater nas duas disputas de pênaltis da Copa América deste ano, o que mostra a variedade de cobradores do país --além dele, converteram no torneio continental Luisão, Luis Fabiano, Renato, Alex, Edu, Diego e Juan.
Zagueiros, volantes, meias e atacantes marcaram. Só faltou gol de goleiro --Rogério Ceni é o goleiro do país mais acostumado a bater.
Desde a era Taffarel na seleção brasileira, o Brasil tem desfrutado de uma "escola de pegadores de pênaltis". O flamenguista Júlio César defendeu uma cobrança na semifinal e outra na decisão.
Porém Dida, do Milan, e Marcos, do Palmeiras, que disputam nos últimos anos a camisa 1, já se consagraram anteriormente pegando penalidades.
"Sabia que pelo menos um pênalti eu iria pegar. O bom é que foi logo o primeiro, o que deu tranqüilidade para o resto do pessoal", disse Júlio César, que afirma ter defendido pelo menos um pênalti em oito das nove últimas disputas de penalidades máximas em que esteve envolvido.
A seleção brasileira principal já foi a oito disputas de pênaltis em torneios de grande expressão em sua história. Nas cinco primeiras disputas, levou a pior três vezes, o que ajudou a disseminar no país a idéia de que "pênalti é loteria".
O tetracampeonato mundial foi conquistado nos pênaltis, mas naquela época Parreira não tratava publicamente as penalidades máximas como "questão de competência" --na final contra a Itália, Márcio Santos desperdiçou sua cobrança, e Bebeto, que seria o quinto a bater, não precisou ser acionado, pois os italianos foram ineficientes demais na decisão.
Em 1986, o Brasil perdeu de forma dramática sua primeira disputa de pênaltis. Caiu diante da França nas quartas-de-final por 4 a 3, e até bola que bateu na trave e depois no goleiro Carlos entrou.
Começava um certo trauma com os pênaltis, algo que a Argentina não tinha --avançou à final da Copa de 1990 vencendo duas nas penalidades e tirou o Brasil da Copa América de 1993 assim. Hoje, o trauma virou competência.
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