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29/08/2004 - 17h11

Mesmo com maior equipe feminina da história, brasileiras voltam sem ouro

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da Folha Online

Apesar de ter ido aos Jogos de Atenas com a maior equipe feminina de todos os tempos --quase a metade de toda a delegação do país--, o Brasil não colocou nenhuma mulher no topo do pódio na Grécia. Com isso, Jacqueline e Sandra, ouro no vôlei de praia em Atlanta-96, continuam sendo as únicas campeãs olímpicas do país.

Em Atenas, foram 122 brasileiras contra 94 de Sydney-00, um aumento de 29,8% em relação à última Olimpíada. As mulheres só não foram maioria agora porque o Brasil enviou 125 homens a Atenas. Mesmo assim, elas representaram 49,3% do total de 247 atletas do país.

Apesar de terem aumentado a quantidade em relação à última Olimpíada, as mulheres não justificaram esse crescimento em termos de qualidade. Além de não terem ganho nenhum ouro, elas também subiram menos vezes ao pódio grego do que em Sydney --duas pratas contra uma prata e três bronzes ganhos há quatro anos.

Considerada a maior esperança de medalhas do país, a campeão mundial no solo na ginástica artística, a favorita Daiane dos Santos, ficou só em quinto nos Jogos, frustrando os brasileiros. "É esporte, erra-se às vezes. Não adianta chorar", disse Daiane.

Quem também fracassou foi a seleção feminina de vôlei. Bronze nas duas últimas Olimpíadas e campeã do Grand Prix-2004, a equipe do técnico José Roberto Guimarães e da levantadora Fernanda Venturini caiu nas semifinais diante da Rússia e perdeu o bronze para Cuba.

"Difícil explicar como ficamos sem esse ouro. Eu tinha convicção que nosso time era o melhor da competição. Mas, infelizmente, essas coisas acontecem em Olimpíadas", disse a atacante Virna.

O vôlei de praia e o futebol salvaram a participação feminina do Brasil na Grécia com as medalhas prateadas. Após chegar como favorita, a dupla líder do ranking mundial de vôlei de areia e prata em Sydney formada por Adriana Behar e Shelda perdeu o ouro para as norte-americanas Misty May e Kerry Walsh.

Para o futebol feminino, no entanto, a prata teve peso de ouro. Com 12 jogadoras desempregas, a seleção feminina perdeu a final para os EUA, mas mesmo assim garantiu o melhor desempenho da história. Nas duas últimas Olimpíadas havia perdido o bronze.

No balanço final dos Jogos de Atenas, a sensação que fica é a de que participação feminina do Brasil fracassou. Com as duas pratas, elas representam 20% do total de dez medalhas conquistadas pelo Brasil em Atenas. Esse percentual, entretanto, é inferior ao registrado em Sydney, que foi de 25%.

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