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30/08/2004 - 00h07

EUA e China fecham disputa por topo mais acirrada em 90 anos

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MARCELO DIEGO
da Folha de S.Paulo, em Atenas

Desde Estocolmo-1912, os Jogos Olímpicos não viam dois países tão próximos um do outro no topo do quadro de medalhas. Ao final de Atenas-2004, os EUA lideraram com 35 ouros, mas seguidos de perto pela China, com 32.

Há 92 anos, os EUA haviam ficado com 25 ouros, e a Suécia, com 24. Desde então, a menor diferença havia sido verificada em Melbourne-56, quando a União Soviética obteve 37 primeiros lugares, contra 32 dos americanos.

Nesta Olimpíada, os EUA desceram seis degraus em relação a Sydney-00, quando conquistaram 40 primeiras colocações. Já os chineses coroaram a melhor atuação de sua história, com cinco ouros a mais do que há quatro anos. Os americanos, porém, ficaram mais competitivos. Obtiveram 103 medalhas no total (incluindo pratas e bronzes), 6% a mais do que na Austrália.

"Nós vimos o despertar da Ásia. Acompanhamos um imenso progresso da China, um extraordinário sucesso do Japão, da Coréia do Sul, da Tailândia e da Indonésia. Eu acredito que seja um sinal de que a Ásia estará com o máximo de força daqui a quatro anos. As fortes nações que dominaram o cenário terão que trabalhar seriamente para que, no futuro, possam manter-se no topo", disse no domingo o presidente do Comitê Olímpico Internacional, Jacques Rogge, na última entrevista em Atenas.

Os próximos Jogos, em 2008, serão realizados em Pequim. "É muito agradável acompanhar novas nações chegando e novos continentes emergindo."

A Olimpíada abriga 28 esportes oficiais, divididos em 37 disciplinas. Desses, os EUA ficaram na frente, em total de ouros, em cinco, ao lado da China, com também cinco. Eles foram seguidos pela Alemanha, que ficou na frente em 4. O Brasil foi quem mais ganhou ouros no vôlei (dois, um na quadra e outro na praia) e na vela (dois, como a Grã-Bretanha).

Mas tanto americanos quanto chineses foram beliscando medalhas em modalidades nas quais não chegaram a dominar. Os EUA ganharam ouro em 15 esportes. A China, em 13.

É uma realidade diferente da de outros países bem posicionados no quadro geral. O Japão, por exemplo, concentrou metade dos seus ouros no judô. O país colocou oito judocas no posto mais alto do pódio em Atenas.

Terminou os Jogos na quinta colocação, igualando feito de Montréal-76.
Cuba fechou sua participação olímpica com nove ouros --cinco deles conquistados no boxe.

Numa clássica escala de sobe-e-desce, entraram para o seleto grupo dos 20 mais bem colocados no quadro de medalhas: Ucrânia, Brasil e Espanha. Saíram a Polônia, a Bulgária e a Etiópia.

Para o COI, porém, falar em quadro de medalhas, critérios de desempate ou ouros obtidos por países não simboliza o valor dos Jogos. "Disputar a eliminatória às 8h, com um estádio vazio. Isso é o que eu chamo de o verdadeiro espírito olímpico", disse Rogge.

Na Olimpíada com o maior número de países representados (202), houve uma distribuição recorde de ouros: 56 delegações voltarão para a casa com pelo menos um primeiro lugar na bagagem. Mas o total de medalhas distribuídas ficou um pouco mais concentrado do que em Sydney, quando 80 países tiveram representantes no pódio --em Atenas, foram 75.

Seis nações conquistaram ouros inéditos, incluindo um atirador dos Emirados Árabes Unidos e um velejador de Israel. Dois outros países, Paraguai e Eritréia, conseguiram ingressar no quadro de medalhas pela primeira vez.


Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre o Brasil nos Jogos de Atenas
  • Leia mais notícias no especial dos Jogos Olímpicos-2004
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