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30/08/2004
-
10h20
da Folha de S.Paulo, em Atenas
Apesar do incidente em que foi agarrado pelo ex-padre irlandês Cornelius Horan, 57, quando estava na liderança da maratona nos Jogos Olímpicos de Atenas, no domingo, Vanderlei Cordeiro de Lima estava exultante após a prova.
Derrubado, o brasileiro perdeu segundos preciosos e toda a concentração na corrida --acabou ultrapassado por dois competidores e ficou com o bronze--, mas disse que o sentimento de felicidade era maior que o de ódio.
Sorriso aberto, bandeira brasileira nas costas, foi mais festejado e mais entrevistado do que o vencedor da prova.
Após a cerimônia de premiação, coroa de folhas de oliveira na cabeça, bronze no peito e buquê de flores nas mãos, chegou a brincar quando questionado sobre o irlandês: "Vou mandar essas flores pra ele".
Pergunta - Você venceria a prova se não fosse a invasão?
Vanderlei Cordeiro de Lima - Não sei se venceria. Mas com certeza o final seria diferente. A partir daquele momento, eu comecei a ter problemas. Principalmente para voltar ao ritmo de competição. Atrapalhou muito. Quem corre sabe como é difícil parar e retomar o ritmo.
Pergunta - Você culpa a segurança pelo que aconteceu?
Lima - Não culpo a organização, não. Foi um fato isolado, que poderia acontecer em qualquer lugar. Ele me atrapalhou, mas prevaleceu minha garra.
Pergunta - O COB já avisou que vai recorrer do resultado...
Lima - Independentemente do que acontecer, o importante é esse momento. Não estou aqui por acaso, treinei muito para chegar a isso. A imprensa brasileira não acreditava em mim, mas entrei para a história. Estou feliz com o bronze, mas um ouro seria muito bem-vindo.
Pergunta - O que poderia ser feito para evitar algo assim?
Lima - É complicado isolar o público. E é difícil colocar um policial a cada metro. O charme da maratona é o público, o povo.
Pergunta - Você não está com raiva do que aconteceu?
Lima - Minha felicidade é maior que o meu ódio.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Vanderlei Cordeiro de Lima
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Maratonista brasileiro diz que alegria é maior que a raiva de irlandês
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Apesar do incidente em que foi agarrado pelo ex-padre irlandês Cornelius Horan, 57, quando estava na liderança da maratona nos Jogos Olímpicos de Atenas, no domingo, Vanderlei Cordeiro de Lima estava exultante após a prova.
Derrubado, o brasileiro perdeu segundos preciosos e toda a concentração na corrida --acabou ultrapassado por dois competidores e ficou com o bronze--, mas disse que o sentimento de felicidade era maior que o de ódio.
Sorriso aberto, bandeira brasileira nas costas, foi mais festejado e mais entrevistado do que o vencedor da prova.
Após a cerimônia de premiação, coroa de folhas de oliveira na cabeça, bronze no peito e buquê de flores nas mãos, chegou a brincar quando questionado sobre o irlandês: "Vou mandar essas flores pra ele".
Pergunta - Você venceria a prova se não fosse a invasão?
Vanderlei Cordeiro de Lima - Não sei se venceria. Mas com certeza o final seria diferente. A partir daquele momento, eu comecei a ter problemas. Principalmente para voltar ao ritmo de competição. Atrapalhou muito. Quem corre sabe como é difícil parar e retomar o ritmo.
Pergunta - Você culpa a segurança pelo que aconteceu?
Lima - Não culpo a organização, não. Foi um fato isolado, que poderia acontecer em qualquer lugar. Ele me atrapalhou, mas prevaleceu minha garra.
Pergunta - O COB já avisou que vai recorrer do resultado...
Lima - Independentemente do que acontecer, o importante é esse momento. Não estou aqui por acaso, treinei muito para chegar a isso. A imprensa brasileira não acreditava em mim, mas entrei para a história. Estou feliz com o bronze, mas um ouro seria muito bem-vindo.
Pergunta - O que poderia ser feito para evitar algo assim?
Lima - É complicado isolar o público. E é difícil colocar um policial a cada metro. O charme da maratona é o público, o povo.
Pergunta - Você não está com raiva do que aconteceu?
Lima - Minha felicidade é maior que o meu ódio.
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