Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
31/08/2004 - 00h30

Atenas confirma renovação e explica domínio de vôlei, vela e judô

Publicidade

da Folha de S.Paulo

Vôlei, vela e judô. Com 70% das conquistas, essa trinca de esportes dominou os pódios brasileiros em Atenas. Mais do que isso, com as sete medalhas obtidas nestes Jogos, consolidaram-se como as modalidades olímpicas que mais evoluíram no país nos últimos 20 anos, com regularidade e capacidade de renovação.

Em um hipotético quadro de medalhas a partir da Olimpíada de Los Angeles, em 1984, o vôlei reina, com 12 medalhas.

Desde a prata abocanhada pela geração de William, Montanaro e Xandó, foram mais dois ouros e dois bronzes na quadra. O desempenho olímpico do esporte foi turbinado a partir de Atlanta-96, com a entrada da versão praia, que rendeu mais dois ouros, duas pratas e um bronze ao país.

Em seguida surge a vela, com dez pódios em seis edições da Olimpíada --são quatro ouros, duas pratas e quatro bronzes.

O terceiro lugar é do judô, que somou duas medalhas de ouro, três de prata e seis de bronze.

É uma ascensão impressionante. Antes de 1984, o vôlei não vencera nada, o judô conquistara só uma medalha, e a vela, quatro. Como comparação, o atletismo, responsável por 13 medalhas em toda a história olímpica do país, obteve apenas cinco nos últimos 20 anos --e dois de seus três ouros conquistados até hoje foram obtidos por Adhemar Ferreira da Silva, no salto triplo, em Helsinque-52 e Melbourne-56.

Os três esportes também têm sido esperança garantida de bons resultados para o Brasil nos últimos tempos. O judô é o mais regular --foi ao pódio em todas as Olimpíadas no período. Vela e vôlei medalharam em cinco dos seis Jogos --marca também atingida pelo atletismo com o bronze de Vanderlei Cordeiro de Lima na maratona em Atenas.

Nessas conquistas, as três modalidades demonstraram uma boa capacidade de renovação. O vôlei de quadra assistiu ao surgimento de três gerações vitoriosas em sua seleção masculina.

No mesmo período, no judô, foram dez medalhistas para 11 pódios --a exceção é Aurélio Miguel, ouro em Seul-88 e bronze em Atlanta-96.

Símbolo dessa renovação é Leandro Guilheiro, bronze na categoria leve, que tem como técnico desde 1993 Rogério Sampaio, ouro em Barcelona-92 na categoria meio-leve.

Na vela, Torben Grael, Marcelo Ferreira e Robert Scheidt dominam, mas Atenas viu surgir Ricardo Winicki Santos, o Bimba, quarto colocado na classe mistral.

Esporte que também cresceu desde 1984, conquistando três pratas e três bronzes, a natação assistiu na Grécia ao final da geração de Gustavo Borges e Fernando Scherer.

É verdade que apresentou novos nomes, promessas para os próximos anos --Flávia Delaroli, Joanna Maranhão, Thiago Pereira e Gabriel Mangabeira chegaram às finais de suas provas--, mas, pela primeira vez desde Seul-88, a modalidade encerrou os Jogos sem medalha.

Além do avanço quantitativo, vôlei, vela e judô também são os mais bem-sucedidos qualitativamente. Juntos, respondem por nove dos dez ouros conquistados pelo país desde 1984 e 12 dos 16 primeiros lugares em toda a trajetória brasileira em Olimpíadas.

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre vôlei na Olimpíada
  • Leia o que já foi publicado sobre judô na Olimpíada
  • Leia o que já foi publicado sobre vela na Olimpíada
  • Leia mais notícias no especial dos Jogos Olímpicos-2004
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página