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31/08/2004 - 02h31

Com alvorada de talentos, Jogos de Atenas confirmam potencial de reposição

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EDUARDO OHATA
FERNANDO ITOKAZU

da Folha de S.Paulo

Promessas confirmaram o seu potencial e esportistas até então quase desconhecidos do público surgiram e roubaram a cena na Grécia em provas tradicionais dos Jogos Olímpicos, como o atletismo, a natação e a ginástica.

Nos 10.000 m, a Etiópia assistiu ao ocaso de um herói e a confirmação de outro. Kenenisa Bekele, 22, superou o compatriota Haile Gebreselassie, bicampeão olímpico (Atlanta e Sydney), e ganhou o ouro. Ele já vinha embalado pela conquista de três recordes mundiais em 2004 (5.000 m outdoor e mais 10.000 m indoor e outdoor).

Mas a consagração de Bekele quase não aconteceu. Seu pai fazia oposição a seus treinos, pois queria uma educação formal para o filho. Foi só quando argumentou que era Deus que o motivava que convenceu o religioso pai.

A russa Yelena Isinbayeva, 22, já se proclama a Sergei Bubka de saias, pela velocidade com que quebra marcas mundiais no salto com vara. Em Atenas, bateu novamente o recorde mundial, que era dela. A atleta diz que deseja ficar conhecida como Bubka "centímetro por centímetro", em alusão às premiações em dinheiro --cada vez que bate o recorde, recebe um bônus financeiro.

Na Grécia, a ginasta romena Catalina Ponor, 17, transformou as três pratas que conquistou no Mundial-03 --na competição por equipe, trave e solo- em ouros.

Ao desembarcar em sua terra natal, verificou que é comparada à legendária compatriota Nadia Comaneci. Ponor reagiu com humildade. Afirmou que "só o futuro decidirá se devo ser vista como uma nova Nadia". "Mas Nadia segue intocável", completou ela.

Atenas, também na ginástica, impulsionou à fama a americana Carly Patterson, 16, que levou um ouro no individual geral, além da prata na trave e por equipe.

Em Sydney, aos 15 anos, o americano Michael Phelps conseguiu a quinta posição nos 200 m borboleta. Na Grécia, também aos 15 anos, o húngaro Daniel Gyrta deixou para trás o recordista mundial, o americano Brendan Hansen, 23, e terminou com a medalha de prata nos 200 m peito. Depois de Phelps, Gyrta é o exemplo mais brilhante da nova geração que brilhou na piscina de Atenas.

"Estou muito feliz. Tenho apenas 15 anos e não achava que pudesse ganhar uma medalha aqui. É fantástico e agora eu quero o ouro na próxima Olimpíada."

Aos 19 anos, Tomomi Morita, com apenas 1,69 m, foi bronze nos 100 m costas e no revezamento 4 x 100 m medley. Seus companheiros de pódio na prova individual mediam 1,93 m e 1,96 m.

"Hoje foi meu último dia como adolescente [fez 20 anos no dia seguinte], então queria nadar o meu melhor e fazer deste um dia especial", afirmou Morita, após conquistar o pódio no revezamento.

Entre as mulheres, as adolescentes também brilharam. A italiana Federica Pellegrini, 16, foi prata nos 200 m livre. E a francesa Laure Manaudou venceu os 400 m livre e os 100 m costas, mas faltou experiência nos 800 m livre --liderou até os 700 metros, quando foi ultrapassada pela japonesa Ai Shibata, que chegou 42 centésimos à sua frente.

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