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19/09/2004
-
00h20
TATIANA CUNHA
da Folha de S.Paulo
A China seguiu uma receita que deu certo no Brasil e resolveu abrir uma exceção. O primeiro GP de F-1 no país, que acontece no próximo domingo, em Xangai, verá carenagens de carros estampadas com marcas de cigarros.
Em maio, a cidade anunciara que todo tipo de propaganda tabagista estava banida da corrida, no moderno e caro (US$ 240 milhões) circuito chinês --fazer publicidade já era proibido em eventos esportivos no país comunista.
"Como a política da F-1 permite propaganda de cigarro até 2006, veremos essas marcas em carros e uniformes na China, infelizmente", declarou Burke Fishburn, coordenador regional da Organização Mundial da Saúde.
A lei anti-tabaco varia de cidade para cidade na China. Em Xangai e Pequim, por exemplo, a propaganda é proibida. Em Tianjin, permitida só em outdoors.
"Primeiro vamos seguir leis chinesas. Depois, respeitaremos práticas internacionais", disse Cao Bin, executivo de marketing do Circuito Internacional de Xangai.
O principal motivo para os chineses insistirem na permissão da propaganda tabagista para a F-1 é o fato de terem sido escolhidos para receber uma etapa do Mundial justamente por não serem totalmente fechados a essa prática.
De alguns anos para cá, a categoria vem buscando refúgio em mercados que não proíbam a publicidade de sua maior fonte de renda. Países como Rússia, Índia, Hong Kong e Emirados Árabes se enfileiram para abrigar a categoria e seguir o mesmo caminho de Bahrein e Malásia, por exemplo.
"Os chineses provavelmente poderiam ter forçado um pouco mais, mas acredito que como eles ainda são relativamente novos no mundo da F-1, preferiram não arriscar", declarou Fishburn. "Esse realmente é um problema, já que a proibição a esse tipo de propaganda na categoria só tem efeito em 2006. Se você pensar, temos um grande conflito de interesses."
Na Europa, a propaganda tabagista já é proibida em outdoors, pontos-de-venda e nas TVs. A F-1 é, hoje, a única saída para os fabricantes. No Brasil, a publicidade de cigarro no GP está liberada até 31 de julho do ano que vem, graças à medida provisória 118, editada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em março de 2003 e que liberou a publicidade de cigarro durante eventos esportivos.
Desde o ano passado a F-1 tem feito vistas grossas ao banimento da propaganda tabagista. Em princípio, havia decidido que sua proibição valeria a partir de 31 de julho de 2005, data estipulada para coincidir com o da União Européia. Mais tarde, a adoção da medida foi adiada para 1º de outubro 2006, um acerto feito entre Max Mosley, presidente da FIA, com a Organização Mundial da Saúde.
Muitos países --a China inclusive-- têm aderido ao acordo antitabaco da OMS, que prevê, entre outras coisas, a restrição de publicidade em eventos esportivos.
Hoje, cinco das dez equipes da categoria são patrocinadas por fabricantes de tabaco: Ferrari, Jordan, McLaren, Renault e BAR.
Especial
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China copia Brasil e libera tabaco na F-1
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da Folha de S.Paulo
A China seguiu uma receita que deu certo no Brasil e resolveu abrir uma exceção. O primeiro GP de F-1 no país, que acontece no próximo domingo, em Xangai, verá carenagens de carros estampadas com marcas de cigarros.
Em maio, a cidade anunciara que todo tipo de propaganda tabagista estava banida da corrida, no moderno e caro (US$ 240 milhões) circuito chinês --fazer publicidade já era proibido em eventos esportivos no país comunista.
"Como a política da F-1 permite propaganda de cigarro até 2006, veremos essas marcas em carros e uniformes na China, infelizmente", declarou Burke Fishburn, coordenador regional da Organização Mundial da Saúde.
A lei anti-tabaco varia de cidade para cidade na China. Em Xangai e Pequim, por exemplo, a propaganda é proibida. Em Tianjin, permitida só em outdoors.
"Primeiro vamos seguir leis chinesas. Depois, respeitaremos práticas internacionais", disse Cao Bin, executivo de marketing do Circuito Internacional de Xangai.
O principal motivo para os chineses insistirem na permissão da propaganda tabagista para a F-1 é o fato de terem sido escolhidos para receber uma etapa do Mundial justamente por não serem totalmente fechados a essa prática.
De alguns anos para cá, a categoria vem buscando refúgio em mercados que não proíbam a publicidade de sua maior fonte de renda. Países como Rússia, Índia, Hong Kong e Emirados Árabes se enfileiram para abrigar a categoria e seguir o mesmo caminho de Bahrein e Malásia, por exemplo.
"Os chineses provavelmente poderiam ter forçado um pouco mais, mas acredito que como eles ainda são relativamente novos no mundo da F-1, preferiram não arriscar", declarou Fishburn. "Esse realmente é um problema, já que a proibição a esse tipo de propaganda na categoria só tem efeito em 2006. Se você pensar, temos um grande conflito de interesses."
Na Europa, a propaganda tabagista já é proibida em outdoors, pontos-de-venda e nas TVs. A F-1 é, hoje, a única saída para os fabricantes. No Brasil, a publicidade de cigarro no GP está liberada até 31 de julho do ano que vem, graças à medida provisória 118, editada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em março de 2003 e que liberou a publicidade de cigarro durante eventos esportivos.
Desde o ano passado a F-1 tem feito vistas grossas ao banimento da propaganda tabagista. Em princípio, havia decidido que sua proibição valeria a partir de 31 de julho de 2005, data estipulada para coincidir com o da União Européia. Mais tarde, a adoção da medida foi adiada para 1º de outubro 2006, um acerto feito entre Max Mosley, presidente da FIA, com a Organização Mundial da Saúde.
Muitos países --a China inclusive-- têm aderido ao acordo antitabaco da OMS, que prevê, entre outras coisas, a restrição de publicidade em eventos esportivos.
Hoje, cinco das dez equipes da categoria são patrocinadas por fabricantes de tabaco: Ferrari, Jordan, McLaren, Renault e BAR.
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