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27/12/2004
-
09h43
EDUARDO ARRUDA
PAULO GALDIERI
da Folha de S.Paulo
Eles são afastados, até parecem cofres. Não são, mas lá estão depositadas as esperanças são-paulinas e palmeirenses de um futuro financeiro melhor.
Em um lugar escondido próximo da rodovia Raposo Tavares, o São Paulo constrói seu CT para as categorias de base.
No Parque Ecológico do Tietê, na Ayrton Senna, o presidente do Palmeiras, Mustafá Contursi, ergueu o centro de treinamento para as categorias amadoras, seu maior xodó na última gestão, que começou em 2003 e terminará daqui a quatro dias.
Os sonhos dos dois clubes, pioneiros na construção de modernos locais de treinamento para seus atletas profissionais, agora andam juntos e passam, obrigatoriamente, pela base.
Em Cotia, o São Paulo adquiriu um terreno de 220 mil m2 por R$ 2,2 milhões e levará todos os seus atletas, que hoje estão divididos em Barueri, no complexo alugado pelo técnico de vôlei José Roberto Guimarães, e Guarapiranga, para o novo local.
O CT vai abrigar quase cem atletas, que terão aulas particulares de inglês, espanhol e informática. Os jogadores também serão matriculados em uma escola de ensino médio e fundamental.
A primeira fase das obras deve ficar pronta na segunda quinzena de fevereiro de 2005, com os alojamentos e quatro campos oficiais --um com as dimensões do Morumbi e três com as do Pacaembu.
"É a nossa obra mais importante depois da construção do Morumbi", diz o vice de futebol são-paulino, Juvenal Juvêncio.
"Hoje no São Paulo as atividades não são rentáveis. A única forma de conseguirmos lucro é com a formação de atletas. Sempre tivemos os alunos, mas nos faltava a casa", diz o dirigente.
O clube fez parceria com a Life Fitness para a construção de um novo Reffis, o centro de preparação física e fisioterapia, orçado em US$ 1,5 milhão e mais moderno que o do CT da Barra Funda.
Segundo Juvêncio, o CT receberá ainda 90 alunos de Japão, EUA, Coréia e China. Cada um deles pagará US$ 2,5 mil. "Isso vai pagar a conta de nossa existência."
O CT palmeirense, com projeto mais modesto, não conta com alojamentos e abriga todas as categorias de base, além da equipe B. O terreno, de 90 mil m 2 (o dobro da área do CT da Barra Funda), foi concedido pelo DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado).
Inaugurado em março de 2003, o clube já investiu mais de R$ 2 milhões na construção de cinco campos oficiais, que possuem um sistema de irrigação que capta água da chuva e a reutiliza para regar o gramado.
O esquema de segurança é maior do que o do CT dos profissionais. É necessária autorização para acompanhar treinos. "Aquele CT é o grande orgulho do Mustafá na sua gestão", diz o vice-presidente José Cyrillo.
Grandes clubes de São Paulo levam para a periferia CTs do futuro
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PAULO GALDIERI
da Folha de S.Paulo
Eles são afastados, até parecem cofres. Não são, mas lá estão depositadas as esperanças são-paulinas e palmeirenses de um futuro financeiro melhor.
Em um lugar escondido próximo da rodovia Raposo Tavares, o São Paulo constrói seu CT para as categorias de base.
No Parque Ecológico do Tietê, na Ayrton Senna, o presidente do Palmeiras, Mustafá Contursi, ergueu o centro de treinamento para as categorias amadoras, seu maior xodó na última gestão, que começou em 2003 e terminará daqui a quatro dias.
Os sonhos dos dois clubes, pioneiros na construção de modernos locais de treinamento para seus atletas profissionais, agora andam juntos e passam, obrigatoriamente, pela base.
Em Cotia, o São Paulo adquiriu um terreno de 220 mil m2 por R$ 2,2 milhões e levará todos os seus atletas, que hoje estão divididos em Barueri, no complexo alugado pelo técnico de vôlei José Roberto Guimarães, e Guarapiranga, para o novo local.
O CT vai abrigar quase cem atletas, que terão aulas particulares de inglês, espanhol e informática. Os jogadores também serão matriculados em uma escola de ensino médio e fundamental.
A primeira fase das obras deve ficar pronta na segunda quinzena de fevereiro de 2005, com os alojamentos e quatro campos oficiais --um com as dimensões do Morumbi e três com as do Pacaembu.
"É a nossa obra mais importante depois da construção do Morumbi", diz o vice de futebol são-paulino, Juvenal Juvêncio.
"Hoje no São Paulo as atividades não são rentáveis. A única forma de conseguirmos lucro é com a formação de atletas. Sempre tivemos os alunos, mas nos faltava a casa", diz o dirigente.
O clube fez parceria com a Life Fitness para a construção de um novo Reffis, o centro de preparação física e fisioterapia, orçado em US$ 1,5 milhão e mais moderno que o do CT da Barra Funda.
Segundo Juvêncio, o CT receberá ainda 90 alunos de Japão, EUA, Coréia e China. Cada um deles pagará US$ 2,5 mil. "Isso vai pagar a conta de nossa existência."
O CT palmeirense, com projeto mais modesto, não conta com alojamentos e abriga todas as categorias de base, além da equipe B. O terreno, de 90 mil m 2 (o dobro da área do CT da Barra Funda), foi concedido pelo DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado).
Inaugurado em março de 2003, o clube já investiu mais de R$ 2 milhões na construção de cinco campos oficiais, que possuem um sistema de irrigação que capta água da chuva e a reutiliza para regar o gramado.
O esquema de segurança é maior do que o do CT dos profissionais. É necessária autorização para acompanhar treinos. "Aquele CT é o grande orgulho do Mustafá na sua gestão", diz o vice-presidente José Cyrillo.
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