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07/04/2005 - 16h15

Irlandês desiste de apelação, e Rodrigo Pessoa herda ouro de Atenas-2004

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da Folha Online

O ginete irlandês Cian O'Connor informou nesta quinta-feira, por meio de um comunicado oficial, que não irá apelar da decisão da FEI (Federação Eqüestre Internacional) de cassar sua medalha de ouro no salto individual dos Jogos Olímpicos de Atenas-2004.

Com a decisão, o brasileiro Rodrigo Pessoa, que levou a medalha de prata na ocasião, irá herdar o primeiro lugar.

Com mais um ouro --o quinto no total--, o Brasil vai subir da 18ª para a 16 colocação na classificação final da Olimpíada grega. A decisão amplia o feito histórico, há que a maior quantidade de ouros amealhada anteriormente pelo país aconteceu em Atlanta-1996, com três.

"Obviamente, a perda de uma medalha de ouro é um desapontamento muito grande para mim pessoalmente e também para a Irlanda", disse O'Connor, único irlandês a ter subido ao lugar mais alto do pódio em Atenas.

"A única coisa que posso fazer é assegurar a todos que irei trabalhar mais duro do que nunca para conquistar uma outra medalha em uma Olimpíada futura", continuou o cavaleiro no comunicado.

No último dia 27 de março, a FEI não aceitou os argumentos que Cian O'Connor apresentou para tentar justificar o teste positivo de doping de seu cavalo, Waterford Crystal.

O exame apontara a presença de dois sedativos proibidos: flufenazina e zuclopentixol. A prova B confirmou as substâncias. O'Connor e seu advogado, Andrew Coonan, alegaram que a medicação foi ministrada com fins terapêuticos. Não adiantou.

Após 11 horas de audiência em Zurique, na Suíça, os dirigentes da modalidade decidiram anular o resultado do irlandês nos Jogos. Mais: o ginete foi suspenso por três meses das competições oficiais. O prazo para apelação na Corte Arbitral do Esporte, caso O'Connor mude de idéia, ainda vai até o final do mês.

"Em defesa dos interesses do esporte e para evitar controvérsias futuras, decidi aceitar a decisão da FEI", revelou o irlandês.

Redenção

A conquista coroa a redenção que Rodrigo Pessoa cumpriu na Grécia. Quatro anos antes, em Sydney, o brasileiro e seu cavalo, Baloubet du Rouet, viraram os símbolos do fracasso do país no evento --o Brasil não ganhou nenhum ouro.

Em Atenas, com a mesma montaria, cavalgou como poucos. Chegou a ver o próprio nome na 17ª posição na prova de saltos. Pensou em desistir. Reagiu. No final, tirou de seu ombro e do lombo de Baloubet o estigma do fiasco após as refugadas na Austrália.

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