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18/04/2005 - 09h11

Finazzi pode ser o primeiro artilheiro rebaixado no Paulista

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da Folha de S.Paulo

Alexandre Silveira Finazzi, 31, saberá nesta segunda-feira qual é o seu lugar na história do Campeonato Paulista.

Com os 17 gols marcados pelo América de São José Rio Preto no torneio deste ano, ele pode ser mais um a figurar na honrosa lista de artilheiros inaugurada por Charles Miller, em 1902.

Mas, se seu time perder 24 pontos no julgamento que acontece hoje no TJD pela escalação irregular do goleiro Pitarelli, Finazzi pode ser o primeiro artilheiro rebaixado nos 103 anos do Estadual.

"Tenho meu ponto de vista e me pediram para não falar. Posso dizer que estou chateado. Se a gente dependesse de um goleiro... Mas ele veio para ficar na reserva."

Independentemente do julgamento, o final de Finazzi deve ser um pouco mais feliz. O jogador pretende confirmar nesta semana a transferência para o Juventude, de Caxias do Sul, com o qual já chegou a acordo salarial, para disputar a Série A do Brasileiro-2005. A outra proposta foi do São Caetano, mas não houve acordo.

Será a quarta atuação dele na elite nos cinco anos de sua carreira profissional, iniciada aos 26 anos. Paulista de São João da Boa Vista, ele foi júnior no Guarani, mas abandonou o futebol para se dedicar ao curso de engenharia na PUC de Campinas, em 1993.

Em outubro de 1996, porém, o futebol falou mais alto. Foi levado ao São Paulo por Lalo Noronha e o capitão do bi mundial do Brasil em 62, Mauro Ramos. Em 28 minutos de um teste, fez três gols, agradou ao então técnico são-paulino Carlos Alberto Parreira e ali decidiu deixar a faculdade.

"Fiquei quatro meses no São Paulo. Depois fiz testes em uns dez clubes e recuperei a condição física. Pesava 12 kg a mais", diz ele, que tem 82 kg hoje.

"Tinha uma vida desregrada em Campinas, com álcool e drogas. Parei com tudo isso, porque estava decidido a retomar a carreira", conta Finazzi. Por esse ideal, ele enfrentou a oposição da família.

"Meu pai e meu avô bancavam o básico, mas falavam muito quando as coisas davam errado", relembra o atacante, casado com Rosenly e pai de Alexia.
Finazzi se recorda da dispensa que teve no fim de 1998, no Rio Branco de Andradas (MG), como o pior momento de sua peregrinação. "Foi frustrante, eu ia realmente desistir. Foi quando o [técnico] Mirandinha me deu a última chance, no Goiânia."

Lá, Finazzi engrenou. Do Goiânia, ele jogou no Gama, no Sochaux (França), no Goiás, no Fortaleza, no Omiya Ardija (Japão).

Na Série B de 2004, pelo Santa Cruz, mostrou sua intimidade com gol. Chegou só na 13ª rodada e terminou como terceiro artilheiro, com 11 gols em 17 jogos. Rinaldo, do Fortaleza, fez 14.

Mesmo com futuro quase definido, Finazzi lamenta o risco do América. "Acho que Rio Preto é uma cidade muito boa para não ter um time na primeira divisão."

Especial
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