18/04/2005 - 19h01

TJD pune o América, mas não muda rebaixamento do Paulista-05

da Folha Online

O TJD (Tribunal de Justiça Desportiva) da FPF (Federação Paulista de Futebol) puniu o América com a perda de seis pontos e multa de R$ 5 mil, nesta segunda-feira, pela escalação irregular do goleiro Pitarelli. O resultado, no entanto, não muda o rebaixamento do Paulista-2005.

Apesar da punição, a equipe de São José do Rio Preto escapa do rebaixamento para a Série A-2. Mesmo com os seis pontos perdidos, o América fica em 14º lugar, com 22 pontos, fora da zona de descenso.

Segundo o presidente do TJD, Naief Saad Neto, o tribunal decidiu pela punição apenas em relação à última partida em que se constatou a irregularidade. O União Barbarense, principal interessado numa punição maior ao rival, e o próprio América ainda podem recorrer da decisão.

"O tribunal entendeu que os três jogos anteriores foram o homologados pela FPF", disse Neto, sobre o resultado, que mantém como rebaixados União Barbarense, União São João, Atlético Sorocaba e Inter de Limeira.

A equipe de São José do Rio Preto poderia perder até 24 pontos no tapetão por causa da escalação do goleiro Pitarelli, que não teria condições legais, em quatro jogos (mesmo como reserva).

O América foi julgado por ferir o artigo 22 do Regulamento Geral das Competições da FPF: um atleta só pode ir para outro time do mesmo torneio se não tiver participado (mesmo como reserva) de mais de três jogos.

Antes de se transferir para o América, o jogador havia sido relacionado em oito jogos do União Barbarense, que denunciou o caso. Apesar da punição "branda", o presidente do time de São José do Rio Preto, Joacy Antônio Lopes, não gostou do resultado e prometeu recorrer da decisão.

"Acho que vamos recorrer, não contava nem com a perda dos seis pontos. Acho que o resultado tem de ser mantido dentro do campo e para nós o que mais importou foi que o rebaixamento não existe mais", disse dirigente.

O presidente do União Barbarense, Francisco Silveira Mello, também ficou insatisfeito com o julgamento. "Vamos constituir um advogado e vamos recorrer no prazo certo. Acho que julgamento é julgamento, e eles [Auditores] estão equivocados", comentou Mello.

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