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05/05/2005 - 13h00

Cúpula corintiana pede demissão de Passarella, mas Kia é quem decide

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da Folha Online

A decisão final é do chefe da MSI, o iraniano Kia Joorabchian. Mas se depender da cúpula do Corinthians o técnico Daniel Passarella não seguirá como técnico do clube.

Depois de deflagrar crise com o afastamento de Fábio Costa, o treinador viu ontem o time ser eliminado da Copa do Brasil pelo Figueirense, em Florianópolis, nos pênaltis (3 a 2). No tempo normal, a equipe paulista perdeu por 2 a 0.

Segundo o vice-presidente de futebol corintiano, Andrés Sanchez, a decisão sobre a permanência do argentino deve sair nos próximos dias. O principal entrave é a multa rescisória do contrato.

"Eu, o Kia, o Paulo Angioni [diretor da MSI] e o Alberto Dualib [presidente do clube] vamos decidir isso. Ficamos até três da manhã discutindo. Vamos resolver isso entre hoje e amanhã", revelou, em entrevista à rádio Jovem Pan.

"Não vamos analisar apenas o jogo de ontem. Já vínhamos analisando algumas atitudes dele [Passarella] havia dez dias", continuou o dirigente, que admitiu que Kia Joorabchian é quem tem poder para demitir o técnico.

"Realmente, está no contrato que o voto de minerva é do Kia. Mas ele nunca o usou. Vamos ver o que vai ser feito. Alguma coisa tem de ser feita", pediu Sanches.

Kia, no entanto, afirmou após a partida que não quer dispensar Passarella. "Ele ficou 11 jogos sem perder. Agora perdeu dois. Sei que era um jogo importante, mas ele é um grande treinador. O Real Madrid está fora da Copa dos Campeões e o técnico não foi demitido", disse o iraniano.

Além de afastar o goleiro titular, Passarella barrou ontem o meia Roger, com quem vem tendo problemas de relacionamento, e o zagueiro Betão --ambos haviam treinado como titulares para o jogo. Nos vestiários, assumiu a culpa pela derrota e admitiu a possibilidade de deixar o clube. "Não sei ainda [se fico]. É uma decisão para ser tomada com calma. Tenho que pensar uns dois, três dias", revelou.

Sanchez não poupou críticas ao técnico pelas decisões de afastar Fábio Costa e barrar Roger, demonstrando a insatisfação da diretoria corintiana.

"A gente não deveria falar isso publicamente hoje. Mas eu não estou contente com algumas atitudes tomadas por ele", reclamou o vice-presidente de futebol, referindo-se principalmente à decisão de deixar Roger no banco e depois relacioná-lo para as cobranças de pênalti --o jogador bateu por cima, longe do gol.

"De repente, ele é informado de que não vai jogar. No outro momento, você coloca ele para bater um pênalti. É complicado", defendeu o dirigente, que também criticou a atitude em relação a Fábio Costa.

"Com dois meses de trabalho, você não pode dizer que o Fábio Costa não tem o perfil para jogar no clube. Essa foi uma decisão exclusiva do Passarella."

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