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08/05/2005
-
09h33
da Folha de S.Paulo, no Rio
O primeiro Mundial da Fifa de futebol de areia será aberto neste domingo na praia de Copacabana, um dos cartões postais do Rio, com dezenas de amadores em campo.
A maioria dos 144 jogadores inscritos no torneio não é profissional do esporte. Para garantir o sustento no final do mês, eles são obrigados a ter outra atividade. Uma boa parte joga futebol de campo ou futsal em seus países. Já alguns nem vivem da bola.
Na Tailândia, adversária da seleção hoje, às 11h30, todo o time trabalha diariamente em indústrias locais ou para o governo.
"Viver do futebol seria um sonho para todos. Mas o importante do nosso sistema é que quando a carreira termina, você tem um emprego para continuar a vida", disse Praput Kamlang-Ek, chefe da delegação tailandesa. O principal jogador da equipe, o atacante Sanea Langkeaw, 36, é mecânico da Força Aérea de seu país. Outros três atletas são portuários.
Os jogadores da África do Sul, da Argentina, do Uruguai, da Ucrânia e dos EUA também não conseguem viver da praia.
"A nossa vida é o futebol, mas não este. Até pelo clima do nosso país, não conseguimos viver do futebol da praia", disse o ucraniano Victor Ulianytsikyi, 32, que joga futsal quando a areia fica impossível --o que, na Ucrânia, significa nove meses por ano.
Até no Brasil, que mantém a hegemonia na praia, os jogadores têm dificuldades. Pelo menos dois atletas exercem outra atividade. Os capixabas Buru e Pierre são empresários em Vitória.
Apesar da dificuldade em profissionalizar o esporte, os dirigentes brasileiros não escondem a intenção de usar o Mundial como trampolim para incluir a modalidade no Pan de 2007, no Rio. Em agosto, a Odepa (entidade que controla os Jogos) anunciará o programa oficial da competição.
A Fifa também não esconde o caráter amador. "Estamos iniciando o processo de profissionalização geral do esporte. Este evento servirá para a Fifa tirar conclusões sobre o futebol de praia", disse a chefe de imprensa do evento, Delia Fischer.
Neste Mundial, a Fifa impôs o controle de dopagem no esporte, que nunca foi realizado na areia, e instituiu o troféu fair play. Em nome do profissionalismo, a entidade teve de exigir coisas que só são necessárias no futebol de várzea, como a obrigatoriedade de as seleções contarem com um médico.
Após a disputa do torneio no Rio, outras novidades devem ser anunciadas. Os dirigentes da Fifa estudarão mudanças nas regras. O combate ao jogo violento dentro de campo, principalmente aos jogadores brasileiros, é a prioridade. Os dirigentes vão tentar impor limite de falta aos atletas.
"Sabemos das dificuldades de qualquer esporte para crescer, mas a Fifa quer que o futebol de praia seja difundido o mais rápido possível", disse Fischer.
A entidade pretende organizar Mundiais a cada ano a partir de agora. A próxima edição deverá ser disputada na Europa em 2006.
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Rio abre Mundial da Fifa de futebol de areia
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O primeiro Mundial da Fifa de futebol de areia será aberto neste domingo na praia de Copacabana, um dos cartões postais do Rio, com dezenas de amadores em campo.
A maioria dos 144 jogadores inscritos no torneio não é profissional do esporte. Para garantir o sustento no final do mês, eles são obrigados a ter outra atividade. Uma boa parte joga futebol de campo ou futsal em seus países. Já alguns nem vivem da bola.
Na Tailândia, adversária da seleção hoje, às 11h30, todo o time trabalha diariamente em indústrias locais ou para o governo.
"Viver do futebol seria um sonho para todos. Mas o importante do nosso sistema é que quando a carreira termina, você tem um emprego para continuar a vida", disse Praput Kamlang-Ek, chefe da delegação tailandesa. O principal jogador da equipe, o atacante Sanea Langkeaw, 36, é mecânico da Força Aérea de seu país. Outros três atletas são portuários.
Os jogadores da África do Sul, da Argentina, do Uruguai, da Ucrânia e dos EUA também não conseguem viver da praia.
"A nossa vida é o futebol, mas não este. Até pelo clima do nosso país, não conseguimos viver do futebol da praia", disse o ucraniano Victor Ulianytsikyi, 32, que joga futsal quando a areia fica impossível --o que, na Ucrânia, significa nove meses por ano.
Até no Brasil, que mantém a hegemonia na praia, os jogadores têm dificuldades. Pelo menos dois atletas exercem outra atividade. Os capixabas Buru e Pierre são empresários em Vitória.
Apesar da dificuldade em profissionalizar o esporte, os dirigentes brasileiros não escondem a intenção de usar o Mundial como trampolim para incluir a modalidade no Pan de 2007, no Rio. Em agosto, a Odepa (entidade que controla os Jogos) anunciará o programa oficial da competição.
A Fifa também não esconde o caráter amador. "Estamos iniciando o processo de profissionalização geral do esporte. Este evento servirá para a Fifa tirar conclusões sobre o futebol de praia", disse a chefe de imprensa do evento, Delia Fischer.
Neste Mundial, a Fifa impôs o controle de dopagem no esporte, que nunca foi realizado na areia, e instituiu o troféu fair play. Em nome do profissionalismo, a entidade teve de exigir coisas que só são necessárias no futebol de várzea, como a obrigatoriedade de as seleções contarem com um médico.
Após a disputa do torneio no Rio, outras novidades devem ser anunciadas. Os dirigentes da Fifa estudarão mudanças nas regras. O combate ao jogo violento dentro de campo, principalmente aos jogadores brasileiros, é a prioridade. Os dirigentes vão tentar impor limite de falta aos atletas.
"Sabemos das dificuldades de qualquer esporte para crescer, mas a Fifa quer que o futebol de praia seja difundido o mais rápido possível", disse Fischer.
A entidade pretende organizar Mundiais a cada ano a partir de agora. A próxima edição deverá ser disputada na Europa em 2006.
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