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26/05/2005 - 10h01

MSI negocia construção de estádio com Boris Berezovski

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da Folha de S.Paulo

A MSI informou que abriu negociação para a construção de um estádio para o Corinthians com financiamento do magnata russo Boris Berezovski, apontado por opositores do acordo e por autoridades brasileiras como um dos investidores da parceria corintiana.

Por meio de sua assessoria, Kia Joorabchian disse ter gostado da idéia e que levará a proposta aos outros investidores do grupo que patrocina o Corinthians. Se for aceito, o projeto de Berezovski será levado adiante, o que aumenta os indícios da participação dele como investidor da parceria.

A informação de que Berezovski quer construir um estádio para os corintianos foi dada ao jornal "O Estado de S.Paulo". O russo afirmou que pretende investir US$ 50 milhões na obra.

Em nota oficial, a MSI negou que Berezovski já faça parte do grupo de investidores. Ele se reuniu com Kia e o presidente corintiano, Alberto Dualib, terça-feira, em Londres.

No encontro, segundo pessoas ligadas ao Corinthians/MSI, Berezovski reafirmou que seu grande desejo é a construção de um estádio e que em três semanas pretende concluir a negociação.

Desde o ano passado, quando teve seu nome apontado como investidor da MSI, Berezovski tem dito que seu único interesse é fazer um estádio para o clube. Pelo contrato da parceria, a construção de uma arena não é obrigatória.

Mas, caso ele seja levado adiante, os direitos de exploração são da MSI, que, segundo dirigentes corintianos, poderia transferir para terceiros a admistração.

O Ministério Público de São Paulo concluiu que Boris Berezovski e seu parceiro de negócios Badri Patarkatsishvili participam dos investimentos da MSI, parceira do Corinthians.

Em seu relatório, divulgado em abril e encaminhado ao Ministério Público Federal, o órgão afirma haver indícios de que a parceria é usada para lavar dinheiro, principalmente de Berezovski.

O magnata russo foi condenado a 20 anos de prisão por diversos crimes em seu país, inclusive relacionados à máfia russa. Hoje é exilado político na Inglaterra. O georgiano Badri também é acusado de diversos crimes, entre eles o de lavagem de dinheiro.

O caso foi enviado para outra esfera porque os delitos apontados --lavagem internacional de dinheiro e crime contra o sistema financeiro brasileiro-- são de competência da Justiça Federal.

Kia Joorabchian desdenhou do relatório, alegando que os promotores não têm poder para comandar investigações criminais e que ignoraram algumas provas que diz ter apresentado --como entrada das remessas no Brasil, aprovadas pelo Banco Central.

O iraniano defendeu Berezovski, a quem qualificou de "um investidor respeitável", e disse ter solicitado sua entrada na parceria, mas ele acabou não aceitando.

Na semana passada, porém, uma mulher que, segundo a Folha de S. Paulo apurou trabalha para Berezovski, esteve no Parque São Jorge para conversar sobre os rumos da parceria. Em nome do russo, ela teria reclamado das desavenças entre Corinthians e MSI, que estão minando o acordo.

Entre os atritos estão a briga pelo dinheiro. O Corinthians insiste em receber pelo menos US$ 10 milhões de uma vez para o pagamento de dívidas.

A MSI afirma que irá saldar as dívidas conforme elas forem vencendo. Pelo contrato, a empresa não é obrigada a pagar os corintianos de uma só vez.

O último desencontro ocorreu após a demissão do técnico argentino Daniel Passarella. Kia, que contratou o treinador, tinha a missão de avisá-lo de sua demissão. Mas o vice do clube Nesi Curi se antecipou a ele e, pela imprensa, informou a saída do argentino.

O episódio estremeceu ainda mais as relações entre as partes. Pessoas que participaram das negociações para definir a situação de Passarella relataram que integrantes da empresa e do clube não se entendem.

As partes também não têm falado a mesma língua sobre a chegada de reforços. A MSI tem reclamado que os corintianos estão vazando notícias sobre a contratação de jogadores, como o goleiro Hélton e o atacante Liedson, para pressionar a empresa.

Especial
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