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01/06/2005
-
10h14
FÁBIO VICTOR
RICARDO PERRONE
da Folha de S.Paulo
O Paulista tenta chegar pela primeira vez à final da Copa do Brasil impulsionado pelo idealizador da parceria Corinthians-MSI, Renato Duprat, personagem de sete fôlegos no futebol nacional.
O time de Jundiaí, que venceu a primeira semifinal por 3 a 1, pode até perder por um gol de diferença hoje, em Belo Horizonte.
Para além do bom futebol de Márcio Mossoró e da surpresa de Vágner Mancini no banco, o clube conta, nos bastidores, com a intrigante novidade Duprat. Tal qual fez no Corinthians, o médico e empresário intermedeia um contrato entre o Paulista e um misterioso grupo de investidores.
"São pessoas que enxergam no futebol brasileiro um bom negócio", afirmou Duprat.
Segundo a própria diretoria, ao menos três atletas já foram levados ao clube pelo intermediário: o meia Juliano, destaque do União São João no Paulista-05, e os atacantes Vítor (Gama) e Finazzi, este artilheiro do Estadual pelo América. Dos três, só Vítor não tem atuado como titular --não foi inscrito na Copa do Brasil.
Um investidor árabe, que não teve o seu nome revelado, foi o responsável pela contratação de Finazzi. Ele bancou os R$ 200 mil de luvas pedidos pelo jogador.
De acordo com Eduardo Palhares, presidente do Paulista, os três atletas podem ser vendidos assim que os investidores quiserem.
O clube fica com uma porcentagem, que ele não contou qual é. "Os três estão se valorizando e valorizando o time. É um acordo justo", afirmou o dirigente.
O Paulista já assinou um pré-contrato com os tais investidores, liderados pelo empresário Alessandro Sophia. Palhares diz que o Conselho Deliberativo aprovou a minuta, mas integrantes do órgão dizem desconhecer seu teor. "Até agora não vimos nada, não sabemos de nada", afirmou o conselheiro Douglas Roncoletta.
Advogados do clube preparam o acordo definitivo, que deve ser votado em breve pelo conselho.
A reportagem ligou ontem três vezes para o Paulista, onde Alessandro Sophia despacha, mas não houve resposta aos recados.
Ninguém revela quem são os investidores. Embora Palhares admita ter se encontrado com Kia Joorabchian, ele, Duprat e a MSI negam que haja envolvimento da empresa na parceria.
Por sua assessoria, a MSI informou não ter nenhum interesse no Paulista e que nenhum dos seus investidores põe dinheiro no clube de Jundiaí. Kia diz que encontrou só uma vez com Palhares, na Federação Paulista, assim como faz com outros dirigentes.
Já o presidente do clube conta que foram dois os encontros com o iraniano, mas nega ter falado sobre a hipótese de a MSI colocar dinheiro na equipe. Em conversas reservadas, Palhares diz que aceitaria uma proposta de Kia.
Duprat, por sua vez, não desgrudou do presidente do Paulista nas últimas semanas.
"Até o momento, a intermediação do Renato Duprat não tem nada que o desabone, muito pelo contrário. Ele tem sido um parceiro muito vantajoso", disse o presidente do Conselho Deliberativo do Paulista, Djair Bocanella.
Vantagem também tiveram os jogadores, antes mesmo de a parceria ser oficializada. Apesar de a diretoria dizer que não entrou dinheiro em seus cofres, os bichos pularam de cerca de R$ 1.500 para R$ 10 mil na partida de hoje. O Palmeiras, por exemplo, oferecia na Libertadores R$ 3.500.
Para que o contrato seja aprovado, são necessários 50% mais um dos 22 votos do conselho. Segundo a Folha apurou, é improvável que o órgão vete o acordo.
De acordo com Bocanella, as últimas parcerias --com a Lousano e com a Parmalat-- foram aprovadas por unanimidade.
Ambas produziram melhoras temporárias e mudaram o nome do time, que já foi Lousano Paulista e Etti Jundiaí.
Desde a saída da Parmalat, hoje em processo de concordata, o clube busca um novo parceiro. No ano passado, chegou a anunciar acordo com o PSV Eindhoven.
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RICARDO PERRONE
da Folha de S.Paulo
O Paulista tenta chegar pela primeira vez à final da Copa do Brasil impulsionado pelo idealizador da parceria Corinthians-MSI, Renato Duprat, personagem de sete fôlegos no futebol nacional.
O time de Jundiaí, que venceu a primeira semifinal por 3 a 1, pode até perder por um gol de diferença hoje, em Belo Horizonte.
Para além do bom futebol de Márcio Mossoró e da surpresa de Vágner Mancini no banco, o clube conta, nos bastidores, com a intrigante novidade Duprat. Tal qual fez no Corinthians, o médico e empresário intermedeia um contrato entre o Paulista e um misterioso grupo de investidores.
"São pessoas que enxergam no futebol brasileiro um bom negócio", afirmou Duprat.
Segundo a própria diretoria, ao menos três atletas já foram levados ao clube pelo intermediário: o meia Juliano, destaque do União São João no Paulista-05, e os atacantes Vítor (Gama) e Finazzi, este artilheiro do Estadual pelo América. Dos três, só Vítor não tem atuado como titular --não foi inscrito na Copa do Brasil.
Um investidor árabe, que não teve o seu nome revelado, foi o responsável pela contratação de Finazzi. Ele bancou os R$ 200 mil de luvas pedidos pelo jogador.
De acordo com Eduardo Palhares, presidente do Paulista, os três atletas podem ser vendidos assim que os investidores quiserem.
O clube fica com uma porcentagem, que ele não contou qual é. "Os três estão se valorizando e valorizando o time. É um acordo justo", afirmou o dirigente.
O Paulista já assinou um pré-contrato com os tais investidores, liderados pelo empresário Alessandro Sophia. Palhares diz que o Conselho Deliberativo aprovou a minuta, mas integrantes do órgão dizem desconhecer seu teor. "Até agora não vimos nada, não sabemos de nada", afirmou o conselheiro Douglas Roncoletta.
Advogados do clube preparam o acordo definitivo, que deve ser votado em breve pelo conselho.
A reportagem ligou ontem três vezes para o Paulista, onde Alessandro Sophia despacha, mas não houve resposta aos recados.
Ninguém revela quem são os investidores. Embora Palhares admita ter se encontrado com Kia Joorabchian, ele, Duprat e a MSI negam que haja envolvimento da empresa na parceria.
Por sua assessoria, a MSI informou não ter nenhum interesse no Paulista e que nenhum dos seus investidores põe dinheiro no clube de Jundiaí. Kia diz que encontrou só uma vez com Palhares, na Federação Paulista, assim como faz com outros dirigentes.
Já o presidente do clube conta que foram dois os encontros com o iraniano, mas nega ter falado sobre a hipótese de a MSI colocar dinheiro na equipe. Em conversas reservadas, Palhares diz que aceitaria uma proposta de Kia.
Duprat, por sua vez, não desgrudou do presidente do Paulista nas últimas semanas.
"Até o momento, a intermediação do Renato Duprat não tem nada que o desabone, muito pelo contrário. Ele tem sido um parceiro muito vantajoso", disse o presidente do Conselho Deliberativo do Paulista, Djair Bocanella.
Vantagem também tiveram os jogadores, antes mesmo de a parceria ser oficializada. Apesar de a diretoria dizer que não entrou dinheiro em seus cofres, os bichos pularam de cerca de R$ 1.500 para R$ 10 mil na partida de hoje. O Palmeiras, por exemplo, oferecia na Libertadores R$ 3.500.
Para que o contrato seja aprovado, são necessários 50% mais um dos 22 votos do conselho. Segundo a Folha apurou, é improvável que o órgão vete o acordo.
De acordo com Bocanella, as últimas parcerias --com a Lousano e com a Parmalat-- foram aprovadas por unanimidade.
Ambas produziram melhoras temporárias e mudaram o nome do time, que já foi Lousano Paulista e Etti Jundiaí.
Desde a saída da Parmalat, hoje em processo de concordata, o clube busca um novo parceiro. No ano passado, chegou a anunciar acordo com o PSV Eindhoven.
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