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14/07/2005 - 09h10

São Paulo e Atlético-PR deram quase uma volta ao mundo para chegarem à final

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LUÍS FERRARI
da Folha de S.Paulo

Juntos, São Paulo e Atlético-PR, clubes cujas sedes ficam a cerca de 400 km de distância, deram quase uma volta ao mundo para chegarem à decisão da Libertadores.

A soma das distâncias que os dois clubes percorreram é 34,1 mil km, cerca de 85% da circunferência da Terra na linha do Equador.

Curiosamente, o vencedor a partida de hoje "ganhará" o direito de viajar mais 18,5 mil km. O prêmio pelo título da Libertadores é uma vaga no Mundial de Clubes, que a Fifa promoverá no Japão em dezembro. O campeão sul-americano terá sua estréia já na semifinal, no dia 14 de dezembro, em Tóquio.

O campeão paranaense, que, incluindo a partida de hoje, teve que sair de Curitiba oito vezes, viajou mais que seu rival. Foi duas vezes à Colômbia, outras duas ao Paraguai e uma ao México. No Brasil, viajou para Santos, Porto Alegre e São Paulo. Ao todo, o Atlético-PR percorreu 18.348 km, quase o triplo da extensão do rio Amazonas, o maior rio do mundo.

Já o São Paulo --que não precisou sair da cidade em um dos mata-matas, quando eliminou o Palmeiras-- foi duas vezes até a Argentina, uma ao Chile, uma ao México e uma à Bolívia (além da viagem para Porto Alegre, realizada na semana passada). A soma das distâncias que viajou atinge 15.822 km, mais que andaria percorrendo duas vezes a linha costeira do Brasil.

A maior quilometragem do Atlético-PR é refletida também nas tarifas com que seus torcedores tiveram que arcar para acompanhar as viagens do time.

Somadas, as passagens aéreas para os destinos do time de Antônio Lopes sairiam hoje por cerca de R$ 8.000 --contra R$ 5.500 do valor que teria que ser desembolsado pelos são-paulinos.

Um dos fatores que mais pesaram para contribuir com os programas de milhagens dos elencos finalistas é o fato de os dois times terem viajado para o México.

Só os 6.400 km que o São Paulo viajou para fazer o segundo jogo das quartas-de-final com o Tigres, em Monterrey, representam 40% da quilometragem total percorrida pelo clube do Morumbi.

O crescimento do número de viagens dos participantes era esperado desde o início do torneio. Em sua 46ª edição, a Libertadores, que acaba hoje, teve 38 times, que mandaram seus jogos em 29 cidades diferentes.

A principal novidade deste ano foi a primeira fase, quando 12 times (entre eles o Palmeiras) fizeram mata-matas para definir seis, que passaram à fase de grupos --etapa em que as últimas edições começaram.

O formato, que deve ser mantido em 2006, é bem maior que o da primeira edição do torneio continental, em 1960.

Da estréia da Libertadores, vencida pelo uruguaio Peñarol, participaram apenas sete clubes. Três, entre eles o Bahia, que representou o Brasil, foram a campo só duas vezes em todo o torneio.

Mesmo com jogos extra (não havia critérios de desempate após a igualdade nas duas partidas do mata-mata), a edição pioneira teve apenas 13 encontros e 39 gols (média de três por confronto).

Com 386 tentos anotados em 137 partidas, a Libertadores-05 tem média de 2,8 gols por jogo.

Outra semelhança com o torneio que termina hoje é o país de origem do juiz da final.

O choque decisivo entre Peñarol e Olimpia, em 1960, foi apitado por José Luis Praddaude --argentino, como Horacio Elizondo, árbitro do jogo desta noite.

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